Anúncios
O primeiro bebê com material genético de três pessoas diferentes é um menino. O pequeno I.H nasceu no dia 6 de abril e já tem 5 meses. O nascimento é resultado de uma técnica inovadora que incorpora o DNA de três pessoas, como informa a revista “New Scientist”. Os pais, jordanianos, receberam tratamento de uma equipe baseada nos Estados Unidos.
A controversa técnica, só permitida no Reino Unido, permite que os pais com mutações genéticas raras tenham bebês saudáveis. No caso, a mãe do bebê tem genes responsáveis pela síndrome de Leigh, uma doença fatal que afeta o sistema nervoso durante o desenvolvimento da criança e que já havia causado a morte dos seus dois primeiros filhos.
Anúncios
O responsável pela técnica dos “três pais” é John Zang, que segura o bebê na foto. O cientista vem trabalhando no método que envolve a ferilização dos óvulos da mãe e da doadora com o esperma do pai. Antes que os óvulos fertilizados comecem a se divididir em embriões, o núcleo do óvulo da doadora é removido e substituído pelo da mãe. Entretanto, a técnica não é apropriada para o casal jordaniano por conta da religião: eles são muçulmanos e, portanto, contra a destruição de embriões. A saída foi usar uma ténica diferente: o cientista removeu o núcleo o óvulo da mãe e o inseriu no óvulo da doadora, que teve seu núcleo removido. O resultado é um óvulo com núcleo da mãe, mas DNA mitocondrial da doadora que, assim, poderia ser fertilizado pelo esperma do pai.
Dos cinco embriões criados pela equipe de Zang, somente um se desenvolveu corretamente. Implantado no útero da mãe, deu origem a I.H, o pequeno garoto que será, a partir de agora, inspiração para muitos pais.
Anúncios
Fonte: Extra