05 maio, 2024
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O ar em Marte, ou o pouco que ainda há dele, está vazando da atmosfera do planeta em uma base de 2 quilos por segundo, de acordo com um anúncio feito pela Nasa na última quinta-feira (5).
Acredita-se que a atmosfera primitiva marciana era bastante grossa, ou ainda mais espessa do que hoje é a da Terra. E, mesmo com toda a história dos 4,5 bilhões de anos do Sistema Solar, este vazamento lento não explicaria como o planeta atrofiou-se às suas mechas atuais.
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Porém, novas leituras realizadas pela missão Maven mostram que, quando Marte é atingido por uma tempestade solar, o bombardeio feroz de partículas do sol desnuda a atmosfera superior com muito mais rapidez. Isso pode ajudar a explicar o desaparecimento do ar de determinadas regiões.
Durante a sua ‘juventude’, o sol era mais instável, com muito mais erupções e tempestades, além de brilhar mais ainda seus raios de comprimentos de onda ultravioleta, o que também ajudou bastante a expulsar os átomos da atmosfera do planeta vermelho.
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“O que isso nos mostra é que a perda também é um processo bastante importante”, comentou Bruce M. Jakosky, um cientista da Universidade do Colorado e o principal investigador da missão Maven.
A resposta para o que aconteceu com o ar é a chave para compreender como Marte pode ter sido algum dia um local quente, habitável, com lagos e talvez até um oceano cobrindo o hemisfério norte. Na medida em que o ar se dissipou, a água líquida também se perdeu em grande escala.
“Isto irá com sorte nos ajudar a preencher diversas peças deste quebra cabeça”, declarou Dr. Jakovsky.
Jasper Halekas, um professor de física e astronomia na Universidade de Iowa e membro da equipe de Maven, disse que a energia que atinge a atmosfera marciana durante a tempestade é equivalente a um milhão de toneladas de TNT por hora. “Essa é uma grande arma nuclear, se isso é o que alguém quer”, disse.
Tais tempestades solares não são eventos diários, mas também não são raros, ocorrendo talvez algumas vezes por ano, disse o Dr. Halekas. Ele fez uma analogia de um geólogo estudando a erosão da praia, imaginando se mais areia é lavada pelas ondas diárias, constante ou por um ou dois grandes tsunamis.
Fonte: Yahoo!
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