20 de setembro, 2024

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Nasa mostra colunas de fumaça dos incêndios da Amazônia vistas do espaço

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A Nasa publicou nesta segunda-feira (12) imagens que mostram as colunas de fumaça do incêndios florestais na Amazônia. A fotografia tirada por satélite da agência espacial, o mesmo usado pelo Brasil para monitorar a atividade do fogo no país, revela focos no Pará e no Amazonas, onde 22 municípios são prejudicados pela fumaça, que tomou a capital Manaus.

Segundo o governo do estado, durante o período de 180 dias está proibida a prática de fogo, com ou sem uso de técnicas de queima controlada.

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Imagem captada por satélite da Nasa em 4 de agosto mostra colunas de fumaça nos estados do Amazonas (à esquerda), e Pará (à direita). (Foto: Nasa)

A Nasa cita o nível “fora do comum” dos incêndios na Amazônia em julho, um mês que bateu recorde de duas décadas, com mais de 11 mil focos registrados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O registro é 93% maior que os 5.772 focos registrados em julho do ano passado e 111% maior que a média para o mês nos últimos 10 anos (5.272).

O instrumento MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer) a bordo do satélite Aqua da NASA capturou esta imagem de fumaça de incêndios sobre os estados do Amazonas e Pará em 4 de agosto de 2024. Uma densa fumaça estava presente na região de Apuí, no Amazonas, e ao longo da rodovia BR-163 no sul do Pará. Plumas triangulares fluíam de áreas de desmatamento recente — geralmente adjacentes a estradas secundárias da rodovia principal que criam um “padrão espinha de peixe” de terra limpa quando vistas de cima. As terras desmatadas nesta área são geralmente usadas para pecuária e produção agrícola.

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Nasa detalha focos de incêndio na Amazônia em 4 de agosto. Fogo está associado ao desmatamento, diz agência. (Foto: Nasa)

O monitoramento de queimadas via satélite é baseado em sensores infravermelho, e de acordo com a Nasa, a intensidade, persistência e tipo de vegetação queimada indicaram que a maior parte da atividade registrada na imagem está ligada ao desmatamento.

“A principal atividade de incêndio em julho foi ligada ao desmatamento ao longo desta ‘ponta de lança’ da fronteira de desmatamento”, afirma Doug Morton, cientista do Laboratório de Ciências Biosféricas do Goddard Space Flight Center da NASA.

O desmatamento na Amazônia subiu em julho em comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com o Inpe. Contudo, de agosto de 2023 a julho de 2024, o desmate na região caiu 45,7%. Trata-se da maior queda proporcional já registrada para o período. A área sob alertas (4.314,76 km²) é a menor da série histórica iniciada em 2016.

Nos 12 meses, houve retração em cinco dos nove estados Amazônia Legal: de 63% em Rondônia; 58% no Amazonas; 54% no Acre; 52% em Mato Grosso; e 47,7% no Pará

O incêndio ligado ao desmatamento é geralmente iniciado para remover árvores, galhos e tocos secos que sobram após o uso de escavadeiras e outros equipamentos para limpar a terra durante os meses mais chuvosos na região amazônica. Este método pode levar meses ou até anos para queimar os detritos de madeira até que a terra possa ser usada para pecuária ou agricultura, observa a agência.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas, a nuvem de fumaça que afeta a capital e outros municípios é causada pelo fogo que ocorre no sul do estado. Segundo a Defesa Civil, uma frente fria vem levando a fumaça das queimadas para a região metropolitana de Manaus.

Fonte: Um Só Planeta

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