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Para acelerar os planos de exploração de Marte, a Nasa passou a trabalhar com uma tecnologia que pode reduzir para apenas 45 dias o trajeto até o Planeta Vermelho. A proposta, que foi aprovada pela agência espacial para ser desenvolvida em fase 1, envolve o uso de sistemas propulsores nucleares.
Se bem-sucedida, a adoção da tecnologia poderia tornar bem mais rápida a viagem para o planeta, como destacou o site especializado Science Alert. Com as tecnologias adotadas hoje, uma viagem a Marte levaria de seis a nove meses, e o tempo total da missão poderia chegar a três anos.
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O projeto, criado pelo professor Ryan Goss, líder do Programa de Hipersônica da Universidade da Flórida e membro da equipe de Pesquisa Aplicada em Engenharia da Flórida (FLARE), envolve novos usos de sistemas de Propulsão Térmica Nuclear e Propulsão Elétrica Nuclear (NTP/NEP).
Os sistemas de propulsão NTP e NEP já são conhecidos e possuem validade verificada, tendo sido utilizados pela NASA em diferentes momentos do programa espacial americano durante a Guerra Fria. Os projetos, no entanto, tinham sido deixados de lado conforme os EUA interromperam seu programa nuclear na década de 1990, após o fim da União Soviética.
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Nos últimos anos, a Nasa tem reativado as pesquisas nucleares com foco na exploração espacial. Um dos objetivos da agência é trabalhar com a propulsão nuclear bimodal – um sistema de duas partes que combina NTP e NEP, e poderia permitir viagens para Marte em 100 dias. A redução para 45 dias seria proporcionada pelo sistema de rotor de onda proposto por Goss.
Reduzir o tempo de viagem não só permite avanços mais rápidos na exploração espacial, mas também reduz os riscos desses deslocamentos, como exposição à radiação, tempo passado em gravidade reduzida e problemas de saúde advindos dessas e outras condições.
O projeto de Ryan Goss vai à fase 1 de desenvolvimento e receberá, de início, US$ 12,5 mil para colaborar na maturação das tecnologias e métodos envolvidos.
Fonte: Época