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Chamado TOI 700 e, um planeta em zona habitável praticamente do tamanho da Terra foi descoberto por cientistas usando dados do Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), da Nasa.
O impressionante achado foi apresentado na 241ª reunião da Sociedade Astronômica Americana, em Seattle, no estado norte-americano de Washington. Um artigo sobre o planeta, com 95% do tamanho terrestre, será publicado no periódico The Astrophysical Journal Letters, conforme anunciou a agência espacial norte-americana nesta terça-feira (10).
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TOI 700 e
O astro leva 28 dias para orbitar sua pequena e fria estrela, TOI 700, uma anã vermelha que fica a cerca de 100 anos-luz, na constelação Dorado.
Provavelmente rochoso, o planeta orbita dentro da zona habitável da anã vermelha, o que significa que está em uma faixa de distância onde a água líquida pode ocorrer. O TOI 700 e está em uma zona habitável otimista — intervalo no qual o líquido pode estar presente em algum momento da história de um planeta.
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O astro faz parte de um sistema composto por outros três mundos: TOI 700 b, c e d, descobertos anteriormente por astrônomos. O planeta TOI 700 d também apresenta o mesmo tamanho da Terra. Sua órbita leva 37 dias, o que significa que está em zona habitável conservadora, faixa onde se supõe que a água líquida poderia existir durante a maior parte da vida do planeta.
Já o mundo mais interno, TOI 700 b, tem cerca de 90% do tamanho da Terra e orbita a estrela a cada 10 dias. Por sua vez, TOI 700 c é 2,5 vezes maior que a Terra e completa uma órbita a cada 16 dias.
“Este é um dos poucos sistemas com vários planetas pequenos e de zona habitável que conhecemos”, disse Emily Gilbert, pós-doutoranda do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL), que liderou o trabalho, em comunicado.
TESS
O satélite TESS monitora grandes áreas do céu por aproximadamente 27 dias por vez. “Esses longos olhares permitem que o satélite rastreie as mudanças no brilho estelar causadas por um planeta passando na frente de sua estrela de nossa perspectiva, um evento chamado de trânsito”, segundo a Nasa.
A missão usou essa estratégia para observar o céu do Hemisfério Sul a partir de 2018, antes de se voltar para o céu do norte. Mas os cientistas precisaram de um ano adicional de observações do TESS para descobrir o TOI 700 e.
“Se a estrela estivesse um pouco mais próxima ou o planeta um pouco maior, poderíamos ter encontrado o TOI 700 e no primeiro ano de dados do TESS”, explicou Ben Hord, pesquisador graduado no Goddard Space Flight Center da Nasa. “Mas o sinal era tão fraco que precisamos de um ano adicional de observações de trânsito para identificá-lo.”
Em 2020, a equipe então voltou ao céu do sul para observações adicionais, conseguindo refinar os tamanhos originais dos planetas, que são cerca de 10% menores do que os cálculos iniciais.
De acordo com Gilbert, o planeta recém-descoberto é ainda cerca de 10% menor que o planeta d, então o sistema também mostra como as observações adicionais do TESS podem ajudar na detecção de mundos cada vez menores.
As descobertas também ajudam os cientistas a aprenderem mais sobre a história do nosso próprio Sistema Solar. O estudo de acompanhamento do sistema TOI 700 agora segue em andamento.
“O TESS acaba de completar seu segundo ano de observações do céu do norte”, afirmou Allison Youngblood, astrofísica pesquisadora e vice-cientista do projeto TESS no Goddard. “Estamos ansiosos pelas outras descobertas emocionantes escondidas no tesouro de dados da missão.”
O vídeo abaixo mostra uma simulação do sistema do qual o planeta TOI 700 e faz parte. Confira:
Fonte: Galileu