29 março, 2024

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‘Não queremos vingança’, diz família de PM morto pela mulher

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A família do policial militar Rodrigo Federizzi disse em nota enviada à imprensa nesta sexta-feira (19) que não quer vingança contra a mulher dele, Ellen Federizzi. Ela foi presa suspeita de ter assassinado e esquartejado o marido. Em depoimento à Polícia Civil, Ellen confessou o crime. (Leia a íntegra no fim do texto)

“Não queremos vingança, pois acreditamos que a justiça será feita e só assim poderemos acalmar nossos corações, tendo a certeza de que a pessoa que o tirou de nós está no lugar que merece”, aponta a nota.

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No texto, a família de Rodrigo lembra com carinho dele. “Estamos despedaçados, cada familiar e amigo que conheceu o Rodrigo e sabe a pessoa querida e amável que ele foi, sente a imensa dor que é perdê-lo”, diz trecho da nota.

Segundo a família, todos estão indignados com a descoberta de que Ellen cometeu o crime. “Saber o quanto ele trabalhou para dar o melhor ao seu filho e ter sua vida ceifada por uma pessoa em quem ele confiou cegamente e que, até o momento fazia parte da família, é ainda mais doloroso”, afirmam os familiares.

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Eles dizem que estão preocupados com o futuro do filho do casal, que tem nove anos de idade. “Mas nossa maior preocupação agora é a criança que está envolvida nessa historia terrível e que, mesmo sem culpa nenhuma, terá sua infância marcada por este trauma”, diz a nota.

Por fim, a família agradece ao apoio obtido pelos policiais civis e militares que ajudaram nas investigações do caso.

Investigação em andamento

A Polícia Civil encontrou a mala que Ellen Federizzi usou para transportar o corpo do marido, o policial militar Rodrigo Federizzi. Principal suspeita de matá-lo com um tiro na cabeça, ela confessou o crime, que aconteceu em Curitiba, à polícia.

A mala foi localizada na quinta-feira (18), e a informação foi confirmada nesta sexta (19).  Segundo a polícia, o dono de um lava car da capital paranaense entrou em contato com a corporação após o vídeo da confissão ser divulgado. O homem relatou que uma mulher havia deixado uma mala com mancha de sangue, pedindo que fosse limpa com uma lavadora de pressão.

O fato aponta que, ainda conforme a Polícia Civil, Ellen mentiu no depoimento prestado à corporação, pois ela disse ter queimado a mala que usou para transportar o corpo do policial. Ela decepou as pernas do corpo e os escondeu em locais diferentes em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.

Confissão

O vídeo divulgado pela polícia, na quinta, mostra Ellen Federizzi confessando que matou o marido. O crime aconteceu no dia 28 de julho, e o corpo do policial militar ficou desaparecido por 16 dias.

A mulher foi presa em 10 de agosto, depois de a polícia encontrar manchas de sangue na casa da família, quando foram buscar pistas sobre o desaparecimento do homem. Desde então, a polícia passou a desconfiar de que era ela quem havia matado o marido.

Segundo Ellen, o marido havia ameaçado interná-la em um hospital psiquiátrico e as brigas entre eles eram constantes. Ela ainda afirmou que estava sozinha no momento do crime. Ainda assim, a polícia ainda busca descobrir se mais alguém pode ter ajudado ou incentivado Ellen.

“A autoria direta e imediata de Ellen Federizzi, essa é indubitável. Se houve um terceiro, ao que se tem, pode ter sido indireta [a participação], mas isso ainda vai ser apurado nas próximas diligências”, disse o secretário de Segurança Pública Wagner Mesquita.

Além da motivação apresentada por Ellen, a polícia apura a possibilidade de o crime ter sido cometido por causa de dinheiro. De acordo com os investigadores, o policial militar tinha uma quantia em uma conta bancária e o dinheiro sumiu. “Rodrigo se dirigiu a Ellen, que gerenciava as contas da casa, e, em razão da insistência, ela pode ter matado ele”, cogitou o delegado Fábio Amaro.

Conforme a polícia, Ellen pode responder por homicídio qualificado, destruição e ocultação de cadáver. Procurado outras vezes, o advogado de Ellen, João Maria Pereira do Nascimento, disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Discussão

Conforme divulgado pela polícia, Ellen contou que o casal estava em casa, que tinham “feito sexo e que estava tudo bem”, mas que, logo depois, tiveram uma briga.

Foi neste momento que, segundo o depoimento de Ellen, Rodrigo disse que a levaria para um tratamento psquiátrico e que levaria o filho do casal embora.

“Eu falei que ele não ia me levar para clínica porque eu não estava ficando louca, ele disse que estava cansado do meu comportamento. Ele disse que ia embora e que ia me deixar em tratamento. Peguei a pistola e dei um tiro nele”, relatou Ellen.

O filho do casal estava em casa no momento do crime. Ellen disse à polícia que o menino acordou como o barulho do tiro e que ela mandou a criança voltar a dormir.

De acordo com o delegado, um familiar contou à policia que o garoto relatou ter ouvido um disparo de arma de fogo e que e, depois, ouviu um barulho de vômito. “Ele não é tão novo. Nove anos já tem algum discernimento”, afirmou Amaro.

Outros Vídeos

Outros vídeos divulgados, também pela Polícia Civil, mostram Ellen em duas situações depois de ela supostamente ter matado o marido. Os dois vídeos são do dia do crime.

O primeiro deles, segundo a polícia, foi registrado poucas horas depois de Ellen assassinar o marido. Nas imagens registradas pela manhã, ela aparece com o filho em uma panificadora, comprando pão.

No outro vídeo, feito no fim da tarde, Ellen aparece em uma loja, comprando uma pá. De acordo com a polícia, essa foi a ferramenta utilizada para enterrar o corpo do marido, o que foi confessado por ela em um dos depoimentos.

Leia a íntegra da nota da família Federizzi

Nota da Família FEDERIZZI

Estamos despedaçados, cada familiar e amigo que conheceu o Rodrigo e sabe a pessoa querida e amável que ele foi, sente a imensa dor que é perdê-lo.

O sentimento é de indignação, principalmente pela forma brutal como tudo aconteceu e por todas as mentiras que estão sendo descobertas. Saber o quanto ele trabalhou para dar o melhor ao seu filho e ter sua vida ceifada por uma pessoa em quem ele confiou cegamente e que, até o momento fazia parte da família, é ainda mais doloroso. Mas nossa maior preocupação agora é a criança que está envolvida nessa historia terrível e que, mesmo sem culpa nenhuma, terá sua infância marcada por este trauma.

Não queremos vingança, pois acreditamos que a justiça será feita e só assim poderemos acalmar nossos corações, tendo a certeza de que a pessoa que o tirou de nós está no lugar que merece.

Queremos agradecer a todos os policiais civis e militares envolvidos na investigação, que não medem esforços para nos dar respostas, e também a todos que tem rezado por nós nesse momento de tanta tristeza, nosso sincero obrigado!

Fonte: G1

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