Não existe quantidade segura de álcool para o consumo das gestantes, afirma estudo

A gestação é um período especial para vida e para o corpo feminino, que se transforma e trabalha de maneira diferente durante os nove meses. Há uma infinidade de recomendações para o período, e cada mulher busca, à sua maneira, integrá-las em sua rotina. A ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP) acaba de renovar o seu conselho para as gestantes em relação ao álcool: nenhuma gota é permitida para elas.

A nova recomendação foi feita baseada em um novo estudo que será publicado no jornal especializado “Pediatrics”, em novembro. Segundo os apontamentos, QUALQUER FORMA DE ÁLCOOL apresenta riscos ao desenvolvimento do feto. Ou seja, NÃO HÁ UMA QUANTIDADE SEGURA a ser consumida pelas mulheres grávidas.

Os sintomas que podem aparecer após o consumo de álcool na gestação recebem o nome de FETAL ALCOHOL SPECTRUM DISORDERS (FASD), que, em tradução literal, seria ‘espectro de desordens fetais alcoólicas’. Desde a década de 1970, os especialistas associam a ingestão de bebidas alcoólicas durante a gestação a problemas neurocognitivos e comportamentais.

A exposição à substância é uma causa frequente de EFEITOS NEGATIVOS TANTO NA ESTRUTURA QUANTO NO FUNCIONAMENTO do cérebro, coração, ossos, coluna, rins, visão e audição. Também está ligado a altos índices de déficit de atenção, hiperatividade, dificuldades de aprendizado, habilidades de memória e outros.

Segundo a AAP, pesquisas indicam que metade das mulheres em idade fértil nos Estados Unidos consumiram álcool no mês passado. Cerca de 8% delas disseram que continuaram a beber durante a gravidez.

JANET WILLIAMS, a líder do estudo, sugere que a melhor escolha para as grávidas é se abster completamente dos drinques. “Infelizmente, existe uma falta de critérios uniformemente aceitos para os distúrbios relacionados com o álcool e os fetos tem limitado os esforços que poderiam diminuir o impacto dos FASDs”, fala.

Fonte: Daquidali