26 de julho, 2024

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Na África, Lula diz que Brasil tem ‘dívida histórica de 300 anos’ por escravidão

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O presidente Lula participou neste sábado (17) da cúpula da União Africana em Adis Abeba, na Etiópia.

O primeiro compromisso deste sábado era uma reunião com o secretário-geral das Nações Unidas. Mas, António Guterres cancelou a ida para Adis Abeba.

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Então, Lula se encontrou com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina. Mohammad Shtayyeh agradeceu o apoio e a solidariedade do Brasil, e afirmou que a preocupação, agora, é com a iminente operação israelense por terra a Rafah.

Em seguida, Lula participou da cúpula da União Africana. Foi o quarto a discursar. O presidente brasileiro condenou os ataques dos terroristas do Hamas contra civis israelenses e também as ações de Israel em Gaza.

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“Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza – em sua ampla maioria mulheres e crianças – e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população. A solução para essa crise só será duradoura se avançarmos rapidamente na criação de um Estado palestino”, disse o presidente do Brasil.

Presidente Lula participa da cúpula da União Africana em Adis Abeba, na Etiópia (Foto: Reprodução/ TV Globo)

Lula também reforçou as oportunidades de cooperação entre os países do continente e o Brasil e disse que, durante a presidência brasileira do G-20, os três eixos centrais do grupo são a inclusão social com combate à fome e à pobreza; o desenvolvimento sustentável e transição energética; e a reforma da governança global.

A União Africana, que é formada por 55 países, passou a integrar o G20 com o apoio do Brasil, conseguindo o mesmo status da União Europeia.

“O sul global está se constituindo em parte incontornável da solução para as principais crises que afligem o planeta. Crises que decorrem de um modelo concentrador de riquezas e que atingem, sobretudo, os mais pobres. E, entre estes, os imigrantes. A alternativa às mazelas da globalização neoliberal não virá da extrema direita racista e xenófoba”, afirmou.

Uma das prioridades do presidente Lula desde o início deste mandato foi reconstruir as relações entre o Brasil e os países africanos. No fim do discurso, na plenária da sede da União Africana, Lula reforçou esse compromisso, afirmando que o Brasil tem uma dívida histórica com a África e foi aplaudido de pé.

“Tudo, muito ou pouco, que o Brasil tem, eu quero compartilhar com os países africanos porque nós temos uma dívida histórica de 300 anos de escravidão e a única forma de pagar é com solidariedade e com muito amor. Um abraço e muito obrigado”, destacou Lula em seu discurso.

A visita oficial de Lula a Etiópia termina no domingo (18). Ele sai de Adis Abeba no início da tarde e chega em Brasília no fim da noite. Este é o segundo giro do presidente por países africanos desde o início deste mandato.

Fonte: G1

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