21 de setembro, 2024

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Mundo registra 12º mês consecutivo com temperaturas recordes

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O mundo registrou o 12º mês consecutivo com temperaturas recordes. Maio de 2024 foi o mês de maio mais quente da história. Isso faz com que os últimos 12 meses – de junho de 2023 a maio de 2024 – fechem uma sequência de quebras de recordes de temperatura alarmantes, o que urge governos a acelerar soluções para frear o aquecimento global, começando pelo enfrentamento à indústria de petróleo e gás.

Segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), financiado pela Comissão Europeia, o mês de maio registrou temperatura média global do ar próxima à superfície 0,65°C acima da média de 1991-2020. A temperatura média global dos últimos 12 meses foi a mais alta já registrada, 0,75°C acima da média de 1991–2020 e 1,63°C acima da média pré-industrial de 1850–1900, quando a humanidade começou a queimar combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás.

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Nesta quarta-feira, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o Gabinete Meteorológico do Reino Unido publicam seu relatório que sintetiza previsões anuais e para a década, que também traz alertas: para o período 2024-2028, é provável que pelo menos um dos próximos cinco anos seja o mais quente de que o já registrado, superando 2023. Os dados dos Copernicus e do relatório da OMM balizaram as contundentes declarações sobre o clima do Secretário-Geral da ONU, António Guterres.

Em evento em Nova York para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, o chefe da ONU chamou as petroleira de “padrinhos do caos climático” e pediu a proibição de propaganda dessas empresas, assim como já ocorreu a indústria do tabaco. Para Guterres, este é o momento de “mobilizar, agir e concretizar”.

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Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), declarou que “é chocante, mas não surpreendente, que tenhamos alcançado esta sequência de 12 meses” e que “a assinatura global das mudanças climáticas mantém-se e não há sinais à vista de uma mudança nesta tendência”.

A temperatura média global dos últimos 12 meses foi a mais alta já registrada, 0,75°C acima da média de 1991–2020 e 1,63°C acima da média pré-industrial de 1850–1900. (Foto: C3S/ECMWF)

Somando-se ao pedido de mudança e ação coletiva efetiva do chefe da ONU, Buontempo ponderou que, embora sejam tempos “sem precedentes”, a humanidade também tem habilidades únicas para o monitoramento do clima e isso pode ajudar a informar nossas ações. Mas é preciso agir logo, do contrário, esta série de meses mais quentes será lembrada como comparativamente fria no futuro. “Se conseguirmos estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera num futuro muito próximo, poderemos voltar a estas temperaturas ‘frias’ até ao final do século”, disse.

Fonte: Um Só Planeta

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