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O assassinato da gestante Flavia Godinho Mafra, 24 anos, estava sendo planejado pelo menos desde junho, segundo a polícia. A autora do crime, que foi presa nesta sexta-feira (28) de manhã, teria admitido em depoimento que planejou o caso para ficar com a criança após sofrer um aborto no começo do ano.
O caso na cidade de Canelinha foi detalhado pelas polícias Civil e Militar em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira à tarde. Conforme o delegado Paulo Alexandre Freyesleben e Silva e o Tenente-Coronel Daniel Nunes, comandante do 12º batalhão da PM, a mulher e o companheiro serão indiciados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e lesão corporal gravíssima – contra o bebê, que está no Hospital Infantil de Florianópolis e passa bem.
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A PM registrou a ocorrência inicialmente por volta das 21h desta quinta-feira (27), quando foi acionada pelo hospital de Canelinha para um suposto caso de maus tratos contra um bebê recém-nascido. A criança tinha cortes pelo corpo quando foi levada pela mulher até a unidade de saúde. Segundo as autoridades, a suspeita do crime disse que teria feito o parto na rua, com ajuda de populares, e depois foi ao hospital.
Sabendo do caso da gestante desaparecida, os policiais seguiram acompanhando o caso até esta sexta de manhã, quando o corpo de Flávia foi encontrado em uma cerâmica abandonada no bairro Galera. Na sequência os policiais foram até o casal que havia aparecido com o bebê na noite anterior e elucidaram o crime.
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O corpo de Flávia foi localizado pelo marido e pela mãe dela. Ainda não é possível saber se o bebê foi retirado com a gestante viva ou se ela já estava morta. A autora do crime admitiu que usou um tijolo para matar a amiga, após atrair ela para o local com a justificativa de um chá de bebê surpresa.
A mulher presa contou aos policiais que teve uma gravidez em outubro do ano passado e, em janeiro, perdeu a criança. Ela não avisou ninguém sobre o aborto e, em meados de junho, decidiu que iria cometer o crime para ficar com outra criança. Ela teria escolhido Flávia por serem amigas desde os tempos da escola e terem a gravidez em um período parecido. Na quinta-feira à tarde ela chegou a enviar mensagens a uma servidora da saúde em Canelinha falando sobre o suposto parto.
Conforme os policiais, a mulher relatou que o companheiro não sabia do caso e não participou do crime. No entanto, ele também foi preso e a participação dele deve ser investigada.
– Pelo o que temos conhecimento, parece plausível que ele tivesse ciência da situação – afirmou o delegado.
A mulher e o companheiro ficarão presos na unidade prisional de Tijucas. O bebê será acompanhado pelo Conselho Tutelar.
Fonte: NSCTotal