18 de outubro, 2024

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Mulher morre de inchaço cerebral após beber muita água, na Inglaterra

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Uma mulher foi levada para uma unidade de saúde mental após um colapso, na Inglaterra, em 2021. Enquanto esteve internada, ela começou a beber água excessivamente e teve uma lesão cerebral, e os funcionários do local não perceberam até que fosse tarde demais. O marido acredita que ela ainda estaria viva se os profissionais de saúde a tivessem monitorado adequadamente.

Michelle Whitehead, 45, era conhecida por ser uma “mãe maravilhosa” de dois meninos. Ela era enfermeira em uma creche, mas parou de trabalhar quando um dos filhos do casal nasceu com síndrome de Down. Michelle teve um colapso mental agudo em 2018 e foi internada na Unidade de Saúde Mental de Millbrook, em Sutton-in-Ashfield. Ela teve outro colapso em 2021 e foi levada novamente à unidade da Nottinghamshire Healthcare NHS Foundation Trust em maio de 2021.

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O inquérito ouviu que Michelle Whitehead foi vista bebendo água excessivamente, enquanto estava internada. A posterior investigação sobre a morte descobriu que seu consumo excessivo de água foi devido a uma polidipsia psicogênica, que é caracterizada pela ingestão desmedida de água. Os funcionários da unidade não a diagnosticaram, e Michelle continuou com acesso não supervisionado à água em seu quarto.

A mãe foi medicada com tranquilizantes e teria, supostamente, adormecido. O inquérito revelou que, na verdade, ela perdeu a consciência e entrou em coma. O júri ouviu que os funcionários não perceberam que algo estava errado até mais de quatro horas depois, quando um assistente de saúde notou uma mudança na respiração da paciente.

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A mulher foi posteriormente internada no Hospital King’s Mill, onde morreu em 7 de maio de 2021. O júri do inquérito concluiu que Michelle Whitehead morreu por ficar agudamente super-hidratada, o que a levou a níveis severamente baixos de sódio e causou inchaço no cérebro. A causa médica de morte foi encefalopatia hiponatrêmica, hiponatremia aguda e polidipsia psicogênica.

Michelle Whitehead foi tinha polidipsia psicogênica, doença caracterizada pela ingestão desmedida de água (Foto: Reprodução/X)

Falhas do hospital

O Nottinghamshire Healthcare NHS Foundation Trust admitiu oito falhas, durante a segunda internação de Michelle Whitehead. Entre elas, os funcionários não cumpriram a política do NHS, quando ela foi tranquilizada. A equipe do hospital também não avaliou adequadamente a paciente, antes que preocupações fossem levantadas sobre a respiração.

Além disso, a equipe de enfermagem não respondeu prontamente à mudança na respiração de Michelle e demorou 15 minutos para colocá-la na posição de recuperação. Os paramédicos também tiveram que aguardar 10 minutos para a permissão de entrada no prédio.

‘Uma pessoa incrível’

O marido de Michelle, Michael Whitehead, descreveu a mulher à BBC como “carinhosa e fácil de amar”. O casal se conheceu em um ônibus, quando ele tinha 17 anos e ela 15.

— Ela olhou para os discos que eu havia acabado de comprar, e eu me apaixonei — conta Michael.

Para o marido, Michelle era uma pessoa incrível e os últimos dias de sua vida não representam quem ela era. Michael acredita que os funcionários poderiam ter salvo a sua vida.

— Quando Michelle [aparentemente] adormeceu, os funcionários deveriam ter percebido que algo estava muito errado. Se tivessem agido mais cedo, ela teria sido levada para a UTI e colocada em uma sonda. Até o momento em que perceberam o que estava acontecendo, a mesma linha de ação já era tarde demais — lamenta Whitehead.

Após ouvir evidências, o júri de inquérito concluiu que algumas das falhas haviam “provavelmente” contribuído para a morte de Michelle. Um dos funcionários do Nottinghamshire Healthcare NHS Foundation Trust admitiu os erros e pediu desculpas à família.

A legista assistente de Nottingham, Laurinda Bower, foi legalmente obrigada a emitir um relatório de prevenção de mortes futuras. Laurinda levantou uma série de preocupações que vai abordar com o Nottinghamshire Healthcare NHS Foundation Trust em relação à política de tranquilização rápida.

Fonte: G1

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