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Na entrevista, a jovem diz que foi se consultar com João de Deus na Casa Dom Inácio de Loyola, localizada em Abadiânia, em 2008. O médium disse durante o atendimento espiritual que seu caso era grave e pediu que ela fosse até seu consultório.
O pai Augustinho Ribeiro acompanhou a então adolescente dentro da sala, mas João pediu para que ele se virasse. “Pai, fica de costas e faz suas orações”, teria dito o médium, segundo Camila.
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“Ele passou a mão em mim, a mão no peito, na minha vagina, no meu bumbum”, relatou.
A denunciante disse que começou a chorar após o assédio e o médium pediu para que ela ficasse calma. “Faz parte do tratamento”, teria dito o líder religoso.
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“Pegou minha mão e colocou nele. Vi que tinha alguma coisa errada. Colocou a mão no pênis dele, no órgão”, relatou Camila.
Durante todo o tempo, o pai permaneceu logo atrás, de olhos fechados, orando. Augustinho afirma que pensava que o choro seria por conta da oração.
Camila diz ainda que procurou a Justiça na época e que chegou a registrar um boletim de ocorrência. Cinco anos depois, em 2013, João de Deus foi julgado como inocente neste caso. A juíza Rosângela Rodrigues Santos, de Abadiânia, justificou a decisão alegando que ela e o pai poderiam ter reagido.
“Eu gritei por Justiça lá trás e não me ouviram, mas agora podem ouvir”, concluiu Camila.
Fonte: Notícias ao Minuto