05 de fevereiro, 2025

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Mulher diz em depoimento que aproveitou ritual de magia para matar namorado italiano em Maceió

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Em novo depoimento à polícia nesta terça-feira (6), Cléa Fernanda Máximo da Silva disse que matou o namorado italiano, o advogado Carlo Cicchelli (foto), durante um ritual de magia do qual foi obrigada a participar. Ela disse que não premeditou o crime, mas aproveitou a oportunidade para matá-lo porque sofria constante violência física e psicológica.

“Segundo ela, no dia 26 de setembro, o dia do crime, ela foi alvo de agressões físicas por parte da vítima, e aí ela disse que naquela noite ele, que era dado a prática de rituais de magia negra, resolveu realizar um desses rituais e aí pediu que ela o amarrasse, isso é a versão que ela apresenta dos fatos”, afirmou a delegada responsável pelo inquérito, Rosimeire Vieira, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

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Cicchelli foi encontrado morto na segunda (5), na casa onde morava com Cléa, no bairro da Ponta Grossa, depois que ela procurou a polícia e confessou que tinha cometido o crime há quase um mês. O corpo da vítima estava em avançado estado de decomposição.

A alagoana disse ainda à polícia que usou algumas substâncias no corpo para que o cheiro do cadáver não chamasse a atenção dos vizinhos.

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“Ela disse que a vítima ficou no quarto onde aconteceu esse crime por cerca de dois dias, e aí depois ela resolveu escondê-lo num outro cômodo da casa e deixou envolto em sacos plásticos e o guardou nesse cômodo, que permaneceu fechado durante algum tempo. Ela disse que usou alguns produtos pra tentar amenizar o mau cheiro, que colocou perfume, carvão e algumas outras substâncias pra tentar disfarçar o odor”, explicou a delegada.

Como o corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição, não foi possível indicar quais tipos de lesões levaram à morte do advogado. Apenas um exame de perícia do Instituto Médico Legal (IML) poderá indicar a causa exata da morte.

O inquérito deve ajudar à Polícia Civil a descobrir se, de fato, a motivação do crime foi essa ou se havia algum interesse financeiro. A delegada também quer saber se houve a participação de outras pessoas no assassinato ou na ocultação do corpo.

Enquanto isso, Cléa deve permanecer presa preventivamente. Nos próximos dias, familiares e outras pessoas que podem ajudar no inquérito serão ouvidas.

Cléa Fernanda Máximo da Silva e Carlo Cicchelli; ela confessou assassinato do namorado italiano (Fotos: Reprodução)

Vida a dois na Itália

No primeiro depoimento que Cléa deu à polícia, logo quando confessou o crime, ela relatou à delegada plantonista Paula Frassinete como conheceu o advogado.

“Ela contou que morou por 14 anos na Itália, e vivia há um bom tempo com ele lá, mas era um relacionamento muito conturbado. Ele a ameaçava, algumas vezes chegando a agredi-la fisicamente. Além disso, ela disse também que o namorado era usuário de drogas pesadas. Até no primeiro dia em que se conheceram pessoalmente, ele a apresentou um kit de drogas, com cocaína e crack”, diz a delegada.

Ainda neste primeiro depoimento, Cléa já dizia que era obrigada a participar dos rituais de magia negra.

“Ela disse que ele tinha isso de fazer magias negras, mas não foi muito clara com relação ao ritual. A única coisa que disse era que envolvia sal grosso, e às vezes se cortavam. Ela participava, coagida por ele”.

Cléa disse à polícia que voltou a Alagoas já com a ideia de se separar do advogado, mas ele acabou vindo junto. Para a delegada Paula, a versão é contraditória.

“Ela veio para cá no ano passado com ele, que foi quando a família o conheceu, e nesse ano, veio em definitivo. A Cléa se contradisse com relação ao mês que chegou. Primeiro disse junho, depois setembro. A mãe dela também não soube precisar a data. Como o prazo de permanência dele aqui seria de três meses, legalmente, acredito que ele ainda estivesse dentro do prazo quando ocorreu o crime”, disse

Fonte: G1

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