Anúncios
ítima de feminicídio na noite desta quarta-feira (19), em Piracicaba (SP), Silmara Cristina de Moura, de 39 anos, foi sepultada na tarde desta quinta-feira (20). Silmara foi baleada pelo ex-namorado, Arlindo Carvalho da Paixão, de 38 anos, que se matou em seguida.
A vítima morava no bairro Jaraguá e deixa uma filha de 15 anos, que estava no local no momento do crime, assim como a mãe de Silmara.
Anúncios
“Uma pessoa tão feliz, amava viver a vida. Ela dançava, fazia TikTok, amorosa. Não sei como ele teve coragem de fazer isso com ela. Meu pai tá inconformado”, conta emocionada a diarista Célia Aparecida de Moura, irmã de Silmara.
De acordo com ela, o casal namorou por cerca de dois meses e Silmara já tinha terminado o relacionamento com Arlindo. “A gente nem conhecia ele”, revela.
Anúncios
O boletim de ocorrência sobre o caso aponta que ele estava inconformado com o término.
“Ela sentiu que ele era agressivo quando ele sentiu ciúmes dela em um bar que eles estavam. Aí ela falou que não queria mais. Ele não bebia, não fumava, mas ele foi agressivo com ela. Já estavam largados”, conta Célia.
O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal da Vila Rezende. Silmara também deixa os pais e mais quatro irmãos.
Mãe tentou evitar crime
Arlindo foi até a casa da vítima na noite de quarta-feira e, inicialmente, relatou ao pai de Silmara que ia emprestar um dinheiro.
“Ele chegou lá e apertou a campainha do meu pai falando que ia emprestar um dinheiro para a Silmara porque eles iam viajar, ir para a praia. Aí ele chegou lá e pediu para apertar a campainha [da casa da vítima, que fica no mesmo terreno] e meu pai foi lá e apertou a campainha. Na hora que meu pai apertou a campainha, ele empurrou o meu pai e desceu já querendo agredir a Silmara. Aí minha mãe entrou no meio”, detalha.
A mãe tentou impedir que ele cometesse o crime, mas levou uma coronhada do agressor.
“Entrou e já foi para cima dela [Silmara]. Aí minha mãe entrou no meio e ele já sacou a arma e já atirou na minha irmã. Aí, meu pai pedindo pelo amor de Deus pra ele e ele falando que ia atirar no meu pai também”, acrescenta Célia.
A dona de casa Ivone Amaral, vizinha de onde o crime aconteceu, relatou ter ouvido disparos. “Mais ou menos uns cinco tiros e gritos. Aí quando eu vi que estava demais, minha vizinha falou: ‘chama a polícia ou o Samu'”, relatou.
Outra vizinha, a empregada doméstica Lindinalva de Souza, também escutou gritos. “Só ouvi isso, ela gritando pedindo socorro, chama a polícia. Nisso a polícia já chegou rápido, já veio e invadiu a casa”, contou.
A arma usada no crime foi um revólver calibre 38, que foi recolhido pela polícia. A perícia da Polícia Civil também recolheu ao menos seis cápsulas no local.
O caso foi registrado no Plantão Policial como feminicídio, suicídio e lesão corporal, e deve ser investigado pela Polícia Civil. De acordo com a corporação, o homem já tinha passagem por homicídio.
Fonte: G1