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Ciclones cada vez mais severos, cabras invasoras e a turbulência da guerra civil no Iêmen, um dos países mais pobres do mundo, estão levando à extinção uma árvore rara. As dragoeiras, conhecidas também como “árvores com sangue de dragão”
Conhecidas por suas copas em formato de cogumelo e pela seiva vermelho-sangue, essas árvores antigamente já foram numerosas no arquipélago de Socotra, único lugar no mundo onde a espécie é encontrada, e onde cumprem um papel importante.
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As dragoeiras “são um pilar do ecossistema de Socotra”, destaca reportagem do portal Euronews Green. Suas copas em forma de guarda-chuva capturam a neblina e a chuva, irrigando o solo e permitindo que as plantas vizinhas prosperem no clima árido.
“Quando se perdem as árvores, perde-se tudo: o solo, a água, todo o ecossistema”, afirma Kay Van Damme, biólogo conservacionista belga que trabalha em Socotra desde 1999. Sem intervenção, cientistas alertam que essas árvores podem desaparecer em poucos séculos, e com elas muitas outras espécies.
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“Como humanos, conseguimos destruir enormes quantidades de natureza na maioria das ilhas do mundo”, disse ele. “Socotra é um lugar onde podemos realmente fazer algo.”
O arquipélago fica a 380 quilômetros ao sul da Península Arábica e 232 a leste do Chifre da África, litoral nordeste do continente onde fica a porção continental do Iêmen. Suas riquezas biológicas — incluindo 825 espécies de plantas, das quais mais de um terço não existem em nenhum outro lugar da Terra — lhe renderam o status de Patrimônio Mundial da UNESCO, destaca a reportagem.
A ilha de Socotra, a principal do arquipélago, recebe cerca de 5.000 turistas anualmente, muitos atraídos pela visão surreal das florestas de “sangue de dragão”.
Fonte: Um Só Planeta