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Motoristas envolvidos no acidente com 36 veículos que deixou 20 feridos e dois mortos na manhã quarta-feira (30) na rodovia Carvalho Pinto em Jacareí relatam que a fumaça densa no local impedia a visualização da pista.
As testemunhas e a Polícia Rodoviária Estadual relatam que havia uma queimada em mato na lateral da rodovia. Os condutores afirmam que devido à fumaça demoraram para perceber o engavetamento e para se localizar na estrada.
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“Devido à queimada que aconteceu do lado de fora, a visibilidade caiu praticamente para zero. Um carro parou, em seguida outros veículos pararam e começou o engavetamento. Eu consegui parar o carro no acostamento. Mas atrás vieram vários veículos e o caminhão que pegou fogo”, disse o especialista em processos Jean Duarte, que trabalha em Taubaté e utiliza a rodovia frequentemente.
O carro da decoradora Karen Killingsworth ficou destruído no acidente. “A fumaça era uma coisa absurda. Eu pego essa rodovia três vezes por mês, neste horário, não era neblina, era fumaça, uma fumaça branca”, disse ela. “Meu carro virou uma sanfona, eu só tenho a agradecer por não ter me machucado, consegui sair do carro, do lado de fora eu não via onde estava, não via que era uma ponte”, continuou ela, que seguia de São Paulo para Ilhabela.
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“Era uma fumaça muito densa, não dava para enxergar direito, eu fui diminuindo a velocidade, mas quando vi já estava em cima, não tinha o que fazer, foi muito rápido. Eu desviei da faixa da esquerda, fui para a direita, mas já tinha carro engavetado”, conta o analista de TI, Diogo Silva do Santos.
“Não tinha cinco metros de visibilidade. Fui um dos primeiros a passar, tanto que foi só uma pancadinha no capô. Quem veio atrás, a gente tentava socorrer, a carreta veio e empilhou uns 15 carros, aí foi o caos, um pesadelo”, disse o representante comercial Fernando Souza, que vinha de São Paulo para Taubaté.
Interdição
A via foi completamente interditada no sentido interior e a previsão é que seja liberada ainda nesta quarta. Segundo a concessionária Ecopistas, o acidente foi no trecho de uma ponte, e por isso foi preciso um laudo para avaliar a estrutura. Não foi constatado nenhum problema estrutural no viaduto.
O acidente foi por volta das 7h40 depois de um engavetamento. Um dos caminhões envolvidos no acidente carregava tintas e pegou fogo. As chamas se alastraram e tomaram conta dos outros veículos que seguiam atrás.
O corpo do taxista Irineu Santana, de 68 anos, foi encontrado embaixo da ponte onde aconteceu o acidente. Testemunhas disseram que, sem saber a altura do viaduto, ele pulou ao tentar fugir das batidas. O viaduto tem 28,6 metros de altura. A segunda morte confirmada é de Marcos César Pereira da Silva, de 36 anos, que estava dentro de um carro prensado entre os caminhões.
Por causa da interdição, a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) montou um desvio pela SP-65. Quem segue de São Paulo a São José dos Campos, o desvio está sendo feita pela SP-65, na altura do km 72. No sentido São Paulo a pista está liberada.
Fonte: G1