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O verdadeiro espírito de Natal ficou evidente nesta semana para uma moradora de Taquarituba, no interior de São Paulo. Sem carro e sem ônibus que chegasse até a prefeitura, Eliane Garcia Pedroso não conseguia levar o filho cadeirante, de 21 anos, para conhecer a decoração de Natal da cidade.
No entanto, ao comentar sobre o sonho do filho com o motorista do ônibus que costuma pegar, a empresa de transporte coletivo autorizou uma mudança de rota em uma das linhas, na última terça-feira (21), para o passeio especial do jovem.
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“A gente comentou com o motorista que ele tinha esse sonho, mas devido à dificuldade de locomoção dele, seria difícil chegar lá. Aí ligaram na central da empresa e falaram que o motorista poderia desviar o caminho para deixar o Antônio lá. Isso, pra gente, é o espírito verdadeiro de Natal”, disse Eliane.
Segundo Eliane, o filho Antônio César Pedroso teve paralisia cerebral por causa da demora ao nascer. Atualmente, ele pesa 91 quilos e a mãe cuida dele sozinha, o que torna ainda mais difícil a locomoção pela cidade.
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Eliane contou que pegou o ônibus circular no dia e horário combinado para fazer o passeio à prefeitura. O transporte coletivo funcionou normalmente e estava levando os passageiros da Vila Santa Rita para a Vila São Vicente, em Taquarituba, quando mudou o caminho.
“Isso foi o mais interessante porque o motorista estava no trabalho dele. Aí as pessoas começaram a sussurrar, perguntando porque estava indo por outro caminho, até que alguém explicou. Foi uma comoção geral, todos os passageiros acharam bonito. E ele estava tão entretido, tão feliz, perguntando se estava chegando, que todo mundo ficou feliz”, lembra a moradora.
Na prefeitura, Antônio admirou a decoração, conheceu o Papai Noel, reencontrou uma amiga e ainda ganhou presentes. Para a mãe e o filho, foi uma “noite mágica”.
“É uma coisa que eu nem imaginava, sabe? Para mim foi uma surpresa”, afirma Antônio.
“Ele curtiu cada momento. Hoje ele fala que ele é o cadeirante mais feliz do mundo”, completou Eliane.
Fonte: G1 – Foto: Eliane Garcia Pedroso/Arquivo pessoal