26 de dezembro, 2024

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Morre mãe de bebê carbonizado durante incêndio no interior de SP

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Porta estava trancada, segundo o delegado (Foto: Reprodução/TV TEM)

Morreu, na manhã deste domingo (22), a segunda vítima do incêndio em uma residência de Assis (SP) que ocorreu no sábado (21). Francini Andrade Moraes, de 23 anos, estava internada em estado grave no Hospital Estadual de Bauru e não resistiu aos ferimentos causados pelo fogo, segundo o delegado Luiz Antônio Ramão.

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Pai é suspeito de por fogo em casa e assistir a incêndio que matou bebê no interior de SP

O velório da vítima será na Funerária São Vicente, a partir das 17h deste domingo, e o sepultamento está previsto para a segunda-feira (23), no Cemitério da Saudade de Assis. Francini era mãe da menina de um ano que morreu carbonizada no incêndio em que o pai é o principal suspeito.

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Testemunhas disseram à polícia que, quando o fogo começou, o homem de 29 anos já estava do lado de fora e a porta estava trancada com cadeado pelo lado externo, o que acabou dificultando a saída família.

“O que nós estamos apurando é que a casa estava trancada por fora com cadeado e ele assistia a tudo sem nenhuma reação, não arrombou ou estourou a porta para que saíssem os que dentro da casa se encontravam. Isso aliado ao depoimento da testemunha faz com que nós nos convençamos de que ele foi o autor desse incêndio”, explica o delegado.

Pai é suspeito de atear fogo em casa (Foto: Mara Andriolo/Arquivo Pessoal)

Além da criança, outras cinco pessoas estavam na casa e duas delas ficaram feridas. A mãe da criança, de 23 anos, chegou a ser socorrida com ferimentos grave, encaminhada ao Hospital Regional de Assis e transferida à ala de queimados do Hospital Estadual de Bauru. No entanto, Francini não resistiu aos ferimentos e morreu. A sogra do suspeito, que também mora na casa, teve queimadura leves, foi socorrida e recebeu alta.

O suspeito Danilo dos Santos Costa foi levado para cadeia de Lutécia e vai responder por homicídio duplamente qualificado, por usar meio cruel e impossibilitar defesa. Ele também vai responder por tentativa de homicídio. O pai das crianças nega que tenha ateado fogo na casa, segundo o delegado Luiz Antônio Ramão.

“Segundo os vizinhos, as brigas entre o casal eram constantes, com uso de álcool e drogas ilícitas também. Às vezes o suspeito desse incêndio dizia que atearia fogo na casa, o que teria sido feito com a família no interior da residência e ele do lado de fora”, diz o delegado.

A dona de casa Ivone de Lima mora bem ao lado da família e estava acordada quando o incêndio começou. “Eles começaram a brigar e ele falou para ela: vou matar você, vou tacar fogo. Daqui a pouco escutei um baque, já estava amanhecido, mesma coisa de uma bombinha, ai já vi a fumaça e sai correndo”, lembra.

O vendedor Vanderlei Pedroso Pinheiro e outros vizinhos ajudaram a retirar da casa as crianças de 8, 6 e 2 anos, mas a menina de um ano, eles não acharam. “Estava trancada a casa, gritou socorro, salva minhas crianças. Eu e um colega meu arrombamos a porta, puxamos e salvamos as três crianças e a mulher que estava desmaiada, só que o nenezinho nós não achamos. Ele engatinhou, se escondeu.”

Menina de um ano morreu após casa ser incendiada (Foto: Reprodução/TV TEM)
Menina de um ano morreu após casa ser incendiada (Foto: Reprodução/TV TEM)

A bebê foi encontrada pelos bombeiros depois que o fogo foi apagado. Ela morreu carbonizada ao lado da cama da mãe e foi enterrada em seguida. As crianças foram levadas pelo Conselho Tutelar para uma casa abrigo.

A avó das crianças conta que dormia quando o incêndio na casa começou. Ela ficou ferida e já teve alta do hospital. “Eu dormi com as quatro crianças do meu lado, só que a nenê mama peito foi com a mãe, eu dormi e não vi nada. Eu acordei com um rapaz esmurrando a minha porta que estava saindo fumaça. Arrombei a porta embaixo e salvei as três crianças, mas a outra não deu”, conta emocionada Adriana Fiuza.

Fonte: G1

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