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Papai Noel, pai de pet ganso, instrumentista, compositor, pintor e padeiro. Estas foram algumas das versões vividas por José dos Santos, que era morador de Itapetininga, no interior de São Paulo. Ele deixou muitas pessoas de coração apertado após morrer, no dia 23 de junho.
José dos Santos se vestia de Papai Noel e, todo fim de ano, na última década, participava das programações de Natal pelo município. Com a barba parecida com a da figura natalina, ele ficava na Praça Peixoto Gomide, esbanjando o famoso “ho, ho, ho”.
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Segundo a família, José sempre gostou de levar alegria às crianças, tirar fotos e ser engajado com atividades culturais. Ele se apresentava tocando instrumentos na tradicional Feira da Lua, além de ter as próprias composições e com artistas regionais.
Aumentando ainda mais a lista de hobbies do aposentado, José também confeccionava esculturas e instrumentos em madeira. Geralmente, as artes ficavam expostas em casa e os instrumentos eram tocados pela cidade.
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“Amarei eternamente meu pai. Sempre foi um orgulho para mim, sua simplicidade, amor para com as pessoas e animais. Deixou muitos amigos, adorava dar entrevistas. Foi e é muito querido”, diz Ana Lúcia Silva, de 54 anos, filha mais velha de José, que mora em Sarapuí (SP).
Como José era considerado por alguns uma personalidade de Itapetininga, sua morte foi impactante não só para a família, mas também para amigos e pessoas que guardam boas lembranças com ele.
O aposentado foi vítima de câncer de vias biliares e morreu em Sarapuí, ao lado de Ana Lúcia. Ele deixa duas filhas, um filho, sete netos e 10 bisnetos.
Gansa de estimação
Atraindo olhares sempre que passeava com a gansa, carinhosamente chamada de Bruna, José andava pela ruas de Itapetininga, ia à feira e fazia questão mostrar que estava acompanhado da ave.
Na época, José contou que a vontade de ter a ave partiu da esposa. Ele ganhou a gansa de presente de um amigo e decidiu surpreender a companheira.
Apesar da ideia dos passeios ser fofa, a gansa está longe disso: ela é brava e tenta atacar os cachorros da família. Inclusive, durante os passeios, o aposentado precisava sair com uma bengala para impedir que ela atacasse animais na rua.
Fonte: G1