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O menino de 2 anos que tinha uma doença terminal e cuja mãe iemenita precisou processar a administração Trump para entrar nos EUA para vê-lo morreu, anunciou o Conselho de Relações Americano-Islâmicas.
Abdullah Hassan morreu na sexta-feira (28) no Hospital Infantil da UCSF Benioff, em Oakland, para onde seu pai, Ali Hassan, o levou no outono para receber tratamento para um distúrbio genético cerebral.
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Ali Hassan é um cidadão americano que mora em Stockton, Califórnia. Ele e sua esposa Shaima Swileh se mudaram para o Egito depois de se casarem no Iêmen em 2016. Swileh não é cidadã americana e permaneceu no Egito enquanto lutava por um visto.
“Estamos com o coração partido. Tivemos que nos despedir de nosso bebê, a luz de nossas vidas”, disse Ali Hassan, segundo o comunicado divulgado pelo conselho.
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Swileh abraçou seu filho pela primeira vez no hospital 10 dias atrás.
O funeral está marcado para este sábado.
Swileh estava tentando conseguir um visto desde 2017, para que a família pudesse se mudar para os Estados Unidos.
Cidadãos do Iêmen e de outros quatro países majoritariamente muçulmanos, junto com a Coreia do Norte e a Venezuela, estão impedidos de entrar nos Estados Unidos por causa de uma proibição do presidente Donald Trump.
Quando a saúde do menino piorou, em outubro, o pai foi para a Califórnia para buscar tratamento para o filho, e Swileh permaneceu no Egito esperando um visto. Enquanto o casal lutava por uma dispensa, os médicos colocaram Abdullah em suporte vital.
“Minha mulher está me ligando todos os dias, querendo beijar e abraçar o filho pela última vez”, disse Hassan, com a voz embargada ao fazer um apelo público em uma entrevista coletiva no início deste mês.
Ele começou a perder a esperança e estava pensando em tirar seu filho do suporte vital para acabar com seu sofrimento. Mas um assistente social do hospital entrou em contato com o Conselho de Relações Americano-Islâmico, que deu entrada no processo em 16 de dezembro, disse Basim Elkarra, diretor-executivo do grupo em Sacramento.
O Departamento de Estado concedeu a Swileh uma dispensa, permitindo sua entrada nos EUA, no dia seguinte.
“Com sua coragem, essa família inspirou nossa nação a confrontar as realidades da proibição muçulmana de Donald Trump”, disse Saad Sweilem, um advogado do conselho que representa a família. “Em sua curta vida, Abdullah foi uma luz que guiou a todos nós na luta contra a xenofobia e a separação familiar”.
Fonte: Yahoo!