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Morreu nesta quinta-feira, em Campinas, o ex-técnico de futebol Otacílio Pires de Camargo, o Cilinho. Com passagens marcantes por Ponte Preta e São Paulo, onde comandou a geração apelidada de “Menudos do Morumbi”, ele também trabalhou em Corinthians, Santos, Portuguesa, Guarani, entre outros clubes.
Cilinho morreu em sua casa, em Campinas. Ele estava com 80 anos e, desde o ano passado, sofria com problemas de saúde – teve um AVC em abril de 2018, quando chegou a ficar dias internado no hospital da PUC-Campinas. Há aproximadamente dois meses, teve uma pneumonia, voltou a ser internado, mas retornou para casa, onde era acompanhado por uma equipe médica.
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O velório vai acontecer no Salão Nobre do Estádio Moisés Lucarelli, da Ponte Preta, a partir das 23h desta quinta-feira, para familiares e amigos mais próximos. O local será aberto para o público às 7h de sexta. O sepultamento está marcado para as 15h, no Cemitério da Saudade.
O ex-técnico nasceu em Campinas, no dia 9 de fevereiro de 1939, e começou a carreira como treinador aos 27 anos, na Ferroviária, de Araraquara. Três anos depois, teve a oportunidade de dirigir a Ponte Preta, em sua cidade-natal, e conquistou os primeiros destaques na profissão. Montou a base do time que seria campeão da Divisão de Acesso, hoje conhecida como Série A2, de 1969, e foi vice-campeão paulista em 1970.
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Foram ao todo nove passagens pelo Moisés Lucarelli: 1965, 1967-68, 1968, 1970-72, 1974, 1979, 1983-84, 1987 (quando trabalhou, entre outros, com o meia Raí, então no início da carreira) e 1995. É, até hoje, quem mais dirigiu a Ponte na história: 345 partidas. Entre uma e outra passagem pela Ponte, Cilinho treinou Portuguesa, Sport, Comercial, XV de Jaú e Santos, entre outros.
O auge da carreira foi no São Paulo, onde chegou em 1984 e ajudou a construir o time que fez história no ano seguinte. Apelidado de “Menudos do Morumbi”, a geração de Silas, Pita, Muller, Careca e Sidney ganhou o Paulistão de 1985 e encantou o Brasil com um futebol ofensivo. No ano seguinte, já sem Cilinho, o Tricolor foi campeão brasileiro com Pepe. O treinador voltaria ao São Paulo para vencer mais um estadual, o de 1987.
Um dos pupilos de Cilinho no São Paulo, Careca usou as redes sociais para prestar homenagem ao “mestre”, a quem também chamou de “maior de todos”.
O trabalho no São Paulo foi marcante a ponto de criar uma fama de Cilinho sempre trabalhar com jovens. Apesar do destaque na década de 1980, o técnico campineiro nunca teve a chance de dirigir a seleção brasileira, mesmo sendo cogitado para o cargo. A vida de Cilinho seguiu por outros caminhos.
Em 1989, comandou o Guarani, de onde saiu para ser vice-campeão paulista com o Corinthians, em 1991. Passou ainda por Portuguesa, Bragantino, XV de Jaú, São José e América-SP nos anos 90. Em 2011, voltou ao futebol para comandar o Rio Branco, mas a passagem pelo time de Americana durou poucos meses, até fevereiro de 2012, quando pediu demissão.
Fonte: G1