19 de setembro, 2024

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Morre cão Bento que acompanhava padre em missas, casamentos e outras cerimônias religiosas em Palmital

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A comunidade católica de Palmital (SP) se despediu de Bento, o cachorro que era inseparável de seu tutor, o padre Luiz Fernando Dias. O animal de estimação morreu na noite desta terça-feira (6) e foi enterrado em um jardim próximo da Igreja Santo Antônio.

“Estamos muito sentidos com a partida do Bento. Por aqui, todos estão lamentando, mas o que eu disse durante o enterro: é um ciclo que se fecha”, disse o padre. De acordo com ele, Bento vinha lutando contra um tumor no cérebro.

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A doença foi descoberta no Carnaval deste ano e, desde então, o cão precisou ser internado para tratamento veterinário em algumas ocasiões. “Ele vinha tendo altos e baixos. Quando melhorava, tinha alta. Mas nos últimos três dias ele estava internado”.

A morte do cachorro motivou inclusive uma nota de pesar pela Paróquia Santo Antônio nas redes sociais.

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“Bento, companheiro do nosso pároco, está nas mãos do Pai. Sentiremos muito sua falta, Bento, nas missas junto com a gente. Ficam as lembranças”, informou o comunicado. “Fica aqui o conforto e sentimentos de toda comunidade paroquial de Santo Antônio”.

Nos últimos oito anos o padre Luiz Fernando e Bento formaram uma dupla inseparável. Os dois eram tão unidos que o animal acompanhava seu tutor em todas as celebrações religiosas, sejam missas ou até casamentos e batizados.

Dócil, o pet fez sucesso na cidade e era considerado um verdadeiro membro da comunidade católica. Segundo padre Luiz, seu bispo não se incomodava com a presença do cachorro nas atividades da igreja, já que também é apaixonado por animais.

Bento e comunidade religiosa em igreja de Palmital (Foto: Arquivo pessoal)

Bento normalmente esperava seu tutor encerrar as bênçãos para se aproximar do púlpito, mas, em algumas festas, ele roubava a cena. Em certas ocasiões, o cãozinho também assumia o protagonismo, como na missa de benção aos animais, em outubro de 2023, Dia de São Francisco de Assis.

O cão também adorava uma foto e sabia até que devia posar para o flash, segundo seu tutor. No casamento da auxiliar de enfermagem Fabiana de Oliveira Coco, em 2019, ele fez questão de entrar no meio dos noivos para um clique.

Bento roubou a cena em casamento (Foto: Arquivo pessoal)

“Enquanto eu e meu marido posávamos para as fotos, o Bento entrou no meio e quis aparecer também”, contou a mulher.

De acordo com o padre, o cachorro foi ainda mais popular do que ele. Isso porque, em cidades pequenas, líderes religiosos costumam ser muito conhecidos.

Bento quando filhote (Foto: Arquivo pessoal)

“Ele é mais conhecido do que eu. Algumas pessoas não sabem o meu nome, mas conhecem o Bento. Então, eu sou o ‘padre do cão Bento'”, disse o religioso em entrevista no ano passado.

A família de Luiz sempre foi apegada aos animais, presentes em sua vida desde a infância. Antes de Bento, ele teve outro companheiro canino por anos, mas este acabou morrendo com problemas renais.

Padre Luiz e seu inseparável pet, o Bento (Foto: Arquivo pessoal)

Pouco tempo depois, ele ganhou Bento, com cerca de dois meses de vida, de uma integrante da paróquia. O nome foi escolhido em votação entre os coroinhas como uma homenagem ao então Papa Bento XVI.

Bento tinha porte grande, com aproximadamente 40 quilos, e era filhote de rottweiler com pastor alemão. Ele conviveu muito bem com outro pet do padre, o gato Biscoito. Ambos dormiam no quarto de Luiz, o bichano a seus pés e o cão em uma cama própria, com colchão.

Enquanto o gato tem “vida própria”, o cão ficava a tira-colo com o religioso, seguindo-o até mesmo em consultas médicas e viagens. Bento conheceu diversos estados brasileiros e chamava a atenção por onde passava.

Fonte: G1

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