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O sonho de ter uma casa própria está fazendo a população levantar cedo em Botucatu para enfrentar uma fila que passa de um quarteirão. A Secretaria de Habitação está distribuindo senhas para os moradores que querem se inscrever no Programa Minha Casa, Minha Vida.
A faxineira Beatriz da Silva era uma das primeiras da fila. Casada e mãe de dois filhos, paga R$ 650 de aluguel. Chegou duas horas antes de começar a distribuição das senhas. Tudo para garantir o atendimento, e quem sabe, uma casa própria.
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“É pela oportunidade, sair do aluguel, dar uma situação melhor para os meus filhos, estudo, curso. Tudo que seria possível se a gente conseguir sair do aluguel”, conta.
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Milhares de senhas foram distribuídas no ginásio municipal. Elas têm a data, o horário e o local para fazer a inscrição para o sorteio da moradia popular.
“Até sábado, estamos fazendo o agendamento. A partir da próxima semana, de 2 a 31 de julho, serão as inscrições. Os critérios para participar são famílias com renda bruta de até R$1,8 mil, que não tenham casa própria e que não tenham ou nunca tiveram financiamento habitacional”, explica José Carlos Broto, secretário municipal da Habitação.
O residencial está em construção e as prestações vão de R$ 80 a R$ 270. Serão sorteados 992 apartamentos; o número é grande, mas não resolve a situação de todos que precisam.
Segundo a Secretaria Municipal de Habitação, a cidade tem cerca de 7 mil famílias morando de aluguel. A região sudeste é a que tem o maior déficit habitacional do país: 2 milhões 425 mil domicílios. E quando a gente fala do Brasil inteiro, esse número passa dos 6 milhões.
Ao contrário do que muita gente pensa, déficit habitacional não é só não ter a casa própria: também está relacionado à questão de infraestrutura, urbanização e planejamento.
Fonte: G1