26 abril, 2024

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Moradora de Botucatu, filha de Ana Maria Braga defende maternidade ecológica com fralda de pano e aromaterapia

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Mariana Maffeis – primogênita de Ana Maria Braga com o ex-marido, o economista Eduardo de Carvalho (com quem a apresentadora também tem Pedro) – é adepta da sustentabilidade e do consumo consciente no dia a dia. Seguidora da filosofia Vedanta (uma das filosofias espirituais mais antigas do mundo e que segue os Vedas, as escrituras sagradas da Índia), além de praticante e facilitadora do hatha yoga, ela adota hábitos diários que perservam o meio ambiente.

Casada com o professor de yoga colombiano Badarik González, com quem está há quatro anos, e tem um filho, Varuna, de 2 meses, Mariana também é mãe de Joana, de 10 anos, e Maria, de 6, de sua relação com Paschoal Feola, e se mudou com a família para a zona rural em Botucatu, no interior de São Paulo, bem pertinho da fazenda de Ana Maria em Bofete, a fim de vivenciar a mudança de hábitos cercada pela natureza.

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“Resolvemos nos mudar para o interior para estarmos mais próximos de onde são produzidos os alimentos, também pela oferta de alimentos orgânicos produzidos localmente. Então essa coisa de sair do grande centro urbano foi uma decisão ecológica e política. E a maternidade também pode ser um grande estopim para aumentarmos nossa consciência e nosso desejo de evolução”, afirma.

INDÚSTRIA DO MEDO

Mariana conta que não adotou um estilo de vida sustentável da noite para o dia. “Já estou nesse caminho de me conscientizar e diminuir a minha pegada ecológica há uns 20 anos. Primeiro temos que trabalhar a questão do inconsciente, se é que isso é possível, através de alguma ferramenta que atue no medo. Na minha opinião, vivemos numa indústria do medo. Então é preciso trabalhar isso e conseguir se certificar e se empoderar. Acho que a ecologia na gravidez tem a ver com empoderamento. Posso trilhar um caminho diferente, dar conta das coisas e dispensar outras, posso enxergar o que realmente importa e preciso”.

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Mariana também é adepta do plantio de ervas para consumo familiar e da utilização de óleos essenciais. “Gosto da aromaterapia, mas são poucos os aromaterápicos que podemos usar na gravidez. Temos que usar com muito cuidado e, mesmo no puerpério, o neném é muito sensível. Uso os aromas de lavanda e de gerânio, que são duas flores liberadas tanto para a gestação quanto para o puerpério. Inclusive, acho até perigoso usar além desses dois aromaterápicos. É necessário muita pesquisa para usar aromaterapia nessa fase da vida da gestante e do bebê também”, alerta.

FRALDA DE PANO

Mariana dispensa o uso de fraldas descartáveis. “Uso fralda de pano no Varuna, assim como usei nas outras duas meninas. Faço isso por vários motivos. Se o bebê fizer xixi e se sentir molhado, ele tem consciência de que ele usa o esfíncter e fica molhado e não fica seco que nem a fralda química. Para mim é mais prático. Eu mesma lavo duas vezes as fraldas. Gosto de ver os sinais do neném para colocá-lo para fazer cocô fora da fralda. Então são poucas as fraldas que sujam”, conta.

Para a filha de Ana Maria, ser uma mãe green é um processo de vida. “Tem a ver com as nossas escolhas, com o que consumimos e de que forma, com o que pensamos da vida. Viemos aqui só para extrair nossas necessidades ou para deixar um lugar melhor para nossos filhos? Na realidade, pegamos emprestada a terra dos nossos filhos e netos. Temos que mudar esse paradigma de que precisamos saciar nossas necessidades. Precisamos cuidar para que os recursos naturais sejam garantidos para as gerações vindouras. Acho que isso é um ponto de partida para uma vida mais sustentável”, defende.

DIA A DIA SUSTENTÁVEL

Mariana acredita que a dieta é um fator importante para manter um lifestyle que preserva o meio ambiente. “Na minha alimentação não consumo muitos recursos, por isso não tive como fugir do vegetarianismo. É sabido que para produzir 1 kg de carne requer pelo menos 15 mil litros de água em comparação à produção de 1 kg de cereal, que requer 3 mil litros de água. Infelizmente os cereais são plantados para alimentar o gado. Ainda tem isso, nós poderíamos estar usando esses grãos que são produzidos para a alimentação animal para a alimentação humana. Talvez assim poderíamos até erradicar a fome”, argumenta.

Mariana Maffeis com o marido, Badarik González, e os filhos Joana, Maria e Varuna — Foto: Reprodução/Instagram

Mariana Maffeis com o marido, Badarik González, e os filhos Joana, Maria e Varuna — Foto: Reprodução/Instagram

Mariana tem consciência, contudo, que é muito difícil mudar comportamentos. “A questão ecológica passa pelos nossos hábitos e não é fácil querer enxergar e questionar. Não é para todo mundo virar vegetariano, mas é possível olhar para isso e repensar”, afirma ela, que faz questão de usar a água de forma consciente.

“Jamais desperdiço. Nós vamos construir uma casa e queremos ter uma cisterna ou duas de água de chuva. Estamos vivendo um momento de vislumbramento de uma crise hídrica. É uma questão que permeia o uso consciente da água não só na micro instância, mas no consumo diário. Não adianta nada lavar o carro com a água reutilizada da máquina e comer 1 kg de carne por dia. É mais ou menos por aí”, diz.

TUDO PELO MEIO AMBIENTE

Mariana e o marido ainda não se aventuraram a plantar o próprio alimento. “Estou morando no interior há um ano, mas tenho interesse em estudar agricultura biológica. Por enquanto, a minha rotina ainda está muito voltada para as minhas crianças e o que elas demandam, ainda mais agora com um recém-nascido. Mas gosto muito de plantas, trouxe todas as plantas que tinha em São Paulo para cá e estamos plantando algumas ervas, além de tomate, batata e espinafre. Sempre mexi muito com plantas, mas ainda não estou num momento da minha vida em que posso me dedicar a plantar a minha própria comida porque isso é um grande labor e é uma missão que requer muita responsabilidade e, portanto, deve ser num momento adequado de vida”, explica.

A filha de Ana Maria também pratica o slow fashion. “Por eu ter o mesmo manequim de quando era adolescente, preservo muitas roupas. Não me lembro qual foi a última vez que comprei uma peça de roupa para mim. Na verdade o que investi recentemente foi em sling novo para carregar o bebê porque estou estudando isso, o ‘baby wearing’. E também porque é algo que torna a vida mais sustentável, que é carregar seu próprio bebê e dispensar esses carrinhos tão caros”, conta.

Badarik González com Joana, Maria e Varuna  — Foto: Reprodução/Instagram

Badarik González com Joana, Maria e Varuna — Foto: Reprodução/Instagram

“Certamente esses carrinhos requerem muitos recursos para serem produzidos e, se em algum momento, ficam imprestaveis não tem nenhum lugar para eles serem descartados, a não ser para o lixão assim como as fraldas ecológicas. Gosto muito de roupa que foi da minha mãe e que está parada, roupa que foi da minha tia. Ganho muito e são sempre as minhas queridinhas. Gosto de cuidar das minhas roupas, de usar aquele jeans antigo, e tenho um carinho especial pelas roupas que já foram usadas muitas vezes”, acrescenta.

DE OLHO NO FUTURO

Atualmente, Mariana mora no interior, mas quando morava em São Paulo, era adepta do transporte público para circular pela cidade. “Andava bastante de metrô. Uma filha minha estudou na Avenida Paulista e usávamos muito metrô e ônibus. Aqui na zona rural gosto muito de andar a pé e as meninas vão de bike para a escola”, conta ela, que também pratica o lactovegetarianismo.

“Temos a nossa vaca aqui. Aliás, ela foi um dos motivos também de virmos para o interior, o fato de termos a nossa própria vaca. Pela cultura do yoga, é uma missão de vida cuidar de uma vaca, de duas ou três proporcionar uma boa vida para elas. E nós tiramos um pouco de leite dela, nós mesmos. Fazemos iogurte, o doce de leite, somos lactovegetarianos. Mas não consumimos ovos nem carnes e não consumo lácteos fora de casa, só dentro de casa”, diz.

Mariana ainda faz compostagem em casa. “Temos a prática da compostagem dos resíduos, alguns deles também alimentam a vaca nessa época de seca que o capim queimou com a geada. Tenho uma colaboradora que leva um pouco para a lavagem dos porcos e um pouco para as minhocas. Queremos incrementar nossa compostagem, mas, por enquanto, ela está acontecendo já. Sempre aconteceu em São Paulo também, mas aqui sinto que vamos mexer ainda mais com isso quando estivermos plantando e pondo a mão na terra”, planeja.

Mariana também não usa cosméticos. “Já não uso há muitos anos. Uso óleos e, agora, com esses xampus sólidos e totalmente naturais, e até condicionador, só uso isso. Antigamente eu usava um pó ayurvédico chamado shikakai, que serve para lavar o cabelo, só que tinha que importar isso. Na realidade minha mãe viajava muito e trazia para mim. Atualmente ela não está viajando mais, então ela não consegue trazer e comecei a usar o xampu sólido e estou gostando muito. Compro de uma pessoa que faz aqui perto de onde eu moro”, explica.

Fonte: Um só Planeta

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