25 de novembro, 2024

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Moradora de Bauru, irmã de Marciano diz que cantor era ‘gato’ e escondia a idade verdadeira

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O cantor sertanejo Marciano, que sofreu um infarto fulminante e morreu aos 67 anos nesta sexta-feira (18) em sua casa, em São Caetano do Sul (SP), foi relembrado por parentes, amigos e fãs de Bauru, sua cidade natal.

O corpo do sertanejo foi enterrado no fim da tarde no Cemitério das Lágrimas, na cidade do ABC Paulista. Maria Marciano Soares, a única irmã viva de Marciano, não conseguiu acompanhar o enterro do irmão.

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Em sua casa, em meio a fotos e lembranças, ela fez uma revelação que, segundo ela, os fãs ainda não sabiam: Marciano seria uma espécie de “gato”, gíria usada no futebol para designar atletas que assumem uma idade inferior.

Irmã de Marciano relembra histórias do cantor e compositor

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Dona Maria Marciano garante que o cantor e compositor seria mais velho do que o anunciado oficialmente e teria, na verdade, 73 anos.

“Um dia ele [Marciano] disse pra mim: ‘Vou dizer que tenho a sua idade, posso?’. Naquela época, achei que ele não ia manter a história, mas foi mais um das brincadeiras dele, que ele manteve até o fim”, disse a irmã.

Ela também deu outra versão sobre onde nasceu. Segundo a irmã, o sertanejo teria nascido em Paulistânia, e não em Bauru, cidade onde teria apenas passado a infância.

‘100 anos para esquecer’

Os fãs de Bauru que se reuniram na casa de Dona Maria Marciano afirmam que antes de tentar a vida na capital, o sertanejo se apresentava no circo na cidade do Centro-Oeste Paulsita e gostava de cantar as músicas do Roberto Carlos.

Um desses fãs que acompanhou toda a carreira do artista é o aposentado José Carlos Ferreira de Miranda.

tem uma coleção com todos os discos do ídolo, incluindo o álbum “Filha de jesus”, o primeiro vinil da dupla com João Mineiro, da década de 70. Para ele, a música que resume todo seu sentimento pelo ídolo “Cem Anos”.

“Sei que é um clichê, mas pra mim foi como se tivesse perdido um irmão. Essa música diz que, ‘para esquecer você preciso de 100 anos’, ou seja, não vou esquecer jamais”, disse o aposentado.

Outro fã de Marciano, o músico bauruense Jhota Luiz também relembrou o começa da carreira do sertanejo na cidade. Ele conheceu Marciano há quase 20 anos em São Paulo e compôs mais de dez músicas com o sertanejo, entre elas “Eu tenho sorte”, “Quando o amor domina” e “Dois apaixonados”. O bauruense ganhou fama como compositor do sucesso “Bobeou a gente pimba”.

Trajetória

O cantor, que nos últimos anos usava o título de “O Inimitável”, iniciou a carreira na década de 1970 formando a dupla Marciano e João Mineiro. Juntos, eles fizeram hits como “Ainda ontem chorei de saudade”, “Se eu não puder te esquecer”, entre outras.

Marciano começou a carreira no anos 70 em dupla com João Mineiro — Foto: Érico Andrade/G1

O artista também é um dos compositores de “Fio de cabelo”, um dos maiores sucessos da música sertaneja. Com mais de 400 regravações, a canção de 1981 é uma das mais lembrada em bares e karaokês. “Quando a gente canta, o povão canta junto. É emocionante”, ele lembrou em uma entrevista ao G1 em 2017.

Após a morte de João Mineiro, em 2012, José Marciano gravou um álbum solo intitulado “Inimitável (2013)”. O registro foi feito no Teatro Paulo Machado de Carvalho, em São Caetano do Sul.

Em 2015, iniciou um projeto ao lado de Milionário (ex-dupla de José Rico, que morreu naquele ano). Chamado de “Lendas”, o projeto rendeu a gravação de um DVD em 2015, sendo lançado no mercado no ano seguinte.

Fonte: G1

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