22 de dezembro, 2024

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Morador de Piracicaba eleito deputado italiano vai representar cidadãos de 10 países da América do Sul

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O morador de Piracicaba (SP) e eleito deputado na Itália, Fausto Longo, irá representar cidadãos ítalo-brasileiros que habitam 10 países sul-americanos no Congresso da nação europeia a partir de 23 março, quando ocorre a posse. Longo recebeu 8,9 mil votos e se elegeu ao cargo com os mesmos direitos dos parlamentares nascidos na Itália.

Segundo Longo, a Itália é o único país do mundo que permite que pessoas que moram em outros continentes possam defender os interesses do país. “A Itália disse: ‘Como a pessoa pode ser cidadã italiana e não exercer o sagrado direito de representar e ser representado?’ E acabou estendo a partir de 2006 também o direito de que cada continente, conforme a densidade de eleitores, pudesse ser representado dentro do parlamento italiano”, explicou.

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Além dele, que é representante do Partido Democrático, outro brasileiro também foi vencedor nas eleições italianas realizadas neste ano. Luis Roberto Lorenzato, de Ribeirão Preto (SP), foi eleito pela Liga do Norte.

A rotina de Longo é dividida. O parlamentar passa 20 dias na Itália e o restante no Brasil, principalmente em Piracicaba. Ele é, no entanto, nascido em Amparo (SP). “A comunidade italiana aceita bem, mas no geral, no meio político e amigos [brasileiros] e tudo mais é sempre uma novidade, então eles se espantavam”, disse.

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O político é ex-secretário de Turismo de Piracicaba e ex-gerente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Longo foi o primeiro brasileiro a ocupar uma vaga no Senado italiano, elegendo-se para o mandato entre 2013 e 2017.

O brasileiro explica parte de sua função como parlamentar ítalo-brasileiro. “Então tem questões como cidadania, questões como ampliar a rede consular para que melhor atenda a comunidade italiana. A questão, por exemplo, do exercício profissional, que você tire o seu diploma e possa exercer a profissão na Itália”, afirma.

Eleições

A Itália permite que cidadãos que moram no exterior possam se candidatar ao Parlamento. Ao todo, são 12 cadeiras para deputados e seis para senadores. Aos candidatos na América do Sul são reservadas, especificamente, quatro vagas na Câmara e duas no Senado.

Os dois brasileiros terão os mesmos poderes dos eleitos na Itália, inclusive participam das negociações para a escolha do primeiro-ministro, já que as coligações envolvidas na disputa não alcançaram a maioria necessária para a formação do governo.

A maior parte das cadeiras do Parlamento será ocupada pela aliança de direita, que inclui a Liga Norte e a Força Itália, esse último partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, mas o porcentual foi insuficiente para a coalizão governar sozinha.

Fonte: G1

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