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Quem já foi à Manhattan, em Nova York (EUA), alguma vez possivelmente ficou impressionado com a quantidade de veículos com suas barulhentas buzinas circulam na ilha. Para tentar minimizar o intenso trânsito e incentivar as pessoas a circularem na ilha e entre ela e o continente por transporte público, o governo local colocou em prática, em 5 de janeiro deste ano, uma tarifa de congestionamento em uma área mais movimentada da ilha.
Nesta quarta-feira, a Autoridade Metropolitana de Transporte (MTA), órgão responsável por gerenciar a operação, divulgou resultados positivos da iniciativa. Segundo a agência de notícias Reuters, a MTA apurou que, desde o início do programa, cerca de um milhão de veículos a menos entraram na área mais movimentada de Manhattan.
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A autoridade de transporte afirma que uma média de 490.000 veículos entrou na zona de pedágio a cada dia útil, com outros 63.000 veículos permanecendo nas vias excluídas ao redor da zona e evitando o pedágio.
Os valores variam pelo porte do veículo: os carros de passeio têm de pagar US$ 9 em períodos de pico de trânsito e caminhões e ônibus, até US$ 21,69. A tarifa, que é reduzida em 75% à noite, tem como objetivo reduzir o tráfego e arrecadar bilhões para modernizar os sistemas de metrô e ônibus de Nova York. A estimativa é arrecadar US$ 500 milhões apenas no primeiro ano.
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O dinheiro, segundo a governadora de Nova York, Kathy Hochul, vai financiar US$ 15 bilhões em melhorias no transporte público, com 80% do valor sendo destinado ao sistema de metrô e ônibus, e os outros 20% para dois sistemas de trens suburbanos.
A cobrança é feita por meio de leitores eletrônicos de placas de licença e os veículos pagam uma única vez por dia, independentemente de quantas viagens façam para o distrito central de negócios de Manhattan, região mais movimentada e que abrange o pedágio.
Antes da tarifa, mais de 700.000 veículos entravam diariamente no distrito e a velocidade do tráfego era de 11 km/h em média, 23% mais lento do que em 2010.
Além disso, o tempo de viagem para os trajetos de entrada em todas as travessias dos rios Hudson e East agora estão 10% a 30% mais rápido, enquanto o serviço de ônibus também melhorou. A demanda pelo metrô aumentou 7,3% nos dias de semana e 12% nos fins de semana, em comparação com janeiro de 2024. A megalópole tem uma ampla infraestrutura de transporte público.
Algumas outras cidades ao redor do mundo já possuem sistemas de tarifa de congestionamento. Londres, por exemplo, implementou seu sistema em 2003 e cobra hoje 15 libras (US$ 18,67). Singapura e Suécia também possuem planos de tarifa de congestionamento.
Fonte: Um Só Planeta – Foto: Unsplash