22 de janeiro, 2025

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Misterioso rosto de pedra é descoberto em parede do século 2 no Mediterrâneo

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Uma cisterna da antiga cidade de Ptolemais, que fica na Líbia e é banhada pelo mar Mediterrâneo, guarda um rosto enigmático esculpido em argamassa hidráulica, que provavelmente foi feito no final do século 2.

A descoberta é assinada por pesquisadores da Universidade de Varsóvia, que também localizaram os vestígios de uma residência que provalemente pertenceu a um romano, abastecida por um sistema de captação de água da chuva. A novidade foi divulgada em um comunicado na última terça-feira (14).

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Ptolemais foi fundada entre os séculos 6 e 7 a.C. e, posteriormente, passou a integrar o Egito durante a dinastia ptolomaica, transformando-se em uma próspera cidade portuária. Com o tempo, alcançou grande relevância como um importante centro urbano. No entanto, no começo do século 1, a cidade foi dominada pelo Império Romano, que a tornou a capital da província da Líbia Superior, conhecida como Líbia Pentápolis.

As escavações arqueológicas em Ptolemais tiveram início em 2001, mas foram interrompidas devido à Guerra Civil Líbia, que perdurou até 2020. Apenas em 2023 os pesquisadores conseguiram retomar os trabalhos, agora com novas tecnologias e equipamentos que garantiram uma escavação mais segura na região.

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Rosto enigmático está no interior de uma cisterna de pedras na cidade de Ptolemais, na Líbia (Foto: Anna Tomkowska)

Escavações em Ptolemais

Ao longo do tempo, Ptolemais foi severamente afetada por diversos desastres naturais, como terremotos. Isso dificultou consideravelmente a tarefa dos arqueólogos na busca por vestígios históricos.

Em 2024, os pesquisadores, utilizando mapeamento 3D e levantamentos ortofotográficos, descobriram as ruínas de uma residência que possivelmente pertencia a uma pessoa de destaque na cidade. A casa apresentava um pequeno pátio, com acesso a uma estrutura que se acredita ser uma cozinha, além de uma escada e uma câmara decorada com um mosaico — elemento que sugere que a construção poderia ter uma função pública.

Além disso, a residência possuía um sistema de captação de chuva, que incluía uma piscina coletora no centro de um pátio, de onde a água era direcionada para duas cisternas subterrâneas. Uma investigação detalhada da estrutura dessas cisternas levou a uma descoberta surpreendente: uma escultura, em argamassa, que se assemelha a um rosto humano, foi encontrada fixada na parede de uma das cisternas.

Como destacou o portal Heritage Daily, os pesquisadores afirmaram que não se pode descartar a possibilidade de que a residência tenha, na verdade, pertencido a um líbio.

“O rosto tem uma certa semelhança com rostos humanos esculpidos nas paredes do santuário líbio em Slonta, localizado ao sul de Cirene”, disse Piotr Jaworski, chefe da Missão Arqueológica Polonesa em Ptolemais. “Não se pode descartar completamente que o dono da casa, ou pelo menos as pessoas envolvidas na criação da imagem, eram de origem líbia.”

Três recipientes de pedra encontrados perto da entrada da casa também precisam ser analisados com mais profundidade para encontrar a origem exata da construção e sua funcionalidade.

“Assumimos que a casa foi severamente danificada por terremotos na segunda metade do século 3, após o que foi reconstruída e novamente habitada no período romano tardio”, completou Jaworski. “Encontrar esses recipientes de pedra significa que eles serviam não apenas à função de residência privada, mas também à função pública.”

Exploração de ruínas de uma casa da primeira metade do século III em Ptolemais, na Líbia (Foto: Piotr Jaworski)

Fonte: Galileu

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