24 abril, 2024

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Ministro da Educação diz que conteúdo da prova mostra que não houve interferência

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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou neste domingo (21) que, se o governo tivesse interferido no Enem 2021, algumas das perguntas “talvez não estariam ali”.

“Sobre a cara do governo, vocês puderam notar que segue o mesmo padrão nas provas, em nenhum momento podemos discutir quando analisar as questões. Foi uma narrativa, tentaram politizar a prova e não teve nenhuma interferência. Talvez se tivesse, algumas perguntas talvez não estariam ali” disse durante entrevista sobre o 1º dia de prova do exame, em Brasília.

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Ribeiro não especificou a quais questões se referia, mas afirmou que “quis salientar que se dependesse da visão de que o governo é radical, eu só bati o olhos, não analisei, mas tem alguns questões que tocam temas que numa visão mais conservadoras são mais caras ao nosso governo.”

Segundo professores que fizeram a prova, entre os tema tratados pela prova de 2021 estão racismo, mineração na Amazônia, escravidão, leitura crítica de notícias, erotização da mulher e emancipação feminina.

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O tema da redação foi “invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil” e uma das questões citava a música Admirável Gado Novo, lançada por Zé Ramalho em 1979, durante a ditadura militar – o regime, entretanto, não foi tratado no exame, segundo os docentes.

Pouco antes da prova, 37 servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza a prova, entregaram os cargos. Alguns deles alegaram pressão ideológica no processo de formulação das provas, com o objetivo de excluir do exame temas que pudessem desagradar ao governo.

Após as denúncias, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a prova havia começado a ficar “com a cara do governo”.

“Ninguém precisa ficar preocupado. Aquelas questões absurdas do passado, que caíam tema de redação que não tinha nada a ver com nada. Realmente, algo voltado para o aprendizado”, disse, em 15 de novembro. Bolsonaro negou, depois, que tivesse visto a prova.

Um grupo de entidades da área de Educação chegou a pedir à Justiça Federal o afastamento do presidente do Inep, Danilo Dupas, sem sucesso. O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Walton Alencar Rodrigues também negou uma solicitação no mesmo sentido que chegou ao órgão, mas propôs em que o plenário da Corte analise se as questões do Enem atendem a critérios técnicos.

Ribeiro comemorou a queda na abstenção, que foi de 26% em 2021 ante 51,5% no primeiro domingo de prova de 2020.

“O Enem foi um sucesso, 24% [na verdade, 26%] de abstenção ainda na pandemia, é um número significativo. Sem o Enem, uma série de passos da educação brasileira sofreria um atraso”, disse.

Com abstenção menor, o número de pessoas que fizeram a 1º prova impressa em 2021 é maior que o de 2020, mesmo com um número de inscritos menor:

  • Fizeram a 1ª prova impressa do Enem 2020: 2.680.697
  • Fizeram a 1ª prova impressa do Enem 2021: 3.040.907
  • Fizeram a 1ª prova digital do Enem 2020: 29.703
  • Fizeram a 1ª prova digital do Enem 2021: 68.893

Fonte: G1

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