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Um inquérito civil público foi instaurado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) contra uma ex-diretora de escola estadual de Marília (SP), para apurar a suspeita de prejuízo aos cofres públicos em valor estimado de R$ 109 mil.
A servidora respondeu até o final do ano passado pela direção da Escola Abel Augusto Fragata, que fica no bairro Senador Salgado Filho, na zona oeste da cidade. Porém, segundo o Estado, ela abandonou o serviço público.
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O inquérito foi instaurado na última quinta-feira (18). Conforme representação da Diretoria de Ensino de Marília ao MP-SP, a mulher fez pagamentos por serviços não executados.
A suspeita é de enriquecimento ilícito e prejuízo ao erário, que configuram situação de improbidade administrativa, em caso de confirmação. O prejuízo em tese foi causado à Associação de Pais e Mestres (APM) da unidade de ensino.
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Consta, segundo a representação, pagamento sem a entrega de “pintura do chão do pátio, capinação tradicional e química; reforma no contrapiso do pátio externo, calçada, estacionamento (apenas remendos), pinturas de faixas; poda e retiradas de árvores”.
Ainda conforme a denúncia, os serviços não foram executados, mas a ex-sogra da diretora e o companheiro dela na época foram beneficiados pelas contratações.
Houve ainda constatação pela Diretoria de Ensino de outros supostos gastos sem apresentação de orçamentos e notas fiscais. Segundo a representação, a ex-diretora também teria se apropriado de R$ 650 provenientes da venda de sucatas e não devolveu um notebook.
As irregularidades foram possíveis, segundo a representação, pelo “não bloqueio de contas” e “acesso à computador autorizado” autorizados pela situação da pandemia da Covid-19, que flexibilizou regras burocráticas.
Posicionamentos
Em nota, a Diretoria de Ensino de Marília disse “que, ao constatar irregularidades nas contas da unidade e da Associação de Pais e Mestres (APM) imediatamente instaurou processo de apuração preliminar em desfavor das partes e comunicou ao Ministério Público”.
“A pasta esclarece que, ao gerir recursos públicos, a APM assume responsabilidades como comprovar a regularidade da aplicação dos recursos recebidos. A servidora foi cessada da função de diretora e, atualmente, responde por inassiduidade (abandono de cargo)”, concluiu a nota oficial.
O g1 procurou a ex-diretora suspeita de irregularidades através das redes sociais para se manifestar, mas não obteve retorno.
Fonte: G1