25 abril, 2024

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Ministério da Saúde mantém recomendação de cloroquina apesar de decisão da OMS

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O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (25) que manterá sua recomendação de usar hidroxicloroquina em pacientes com o novo coronavírus, apesar da decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de suspender temporariamente os testes clínicos com este medicamento como medida de precaução.

“Estamos muito tranquilos e serenos em relação à nossa orientação. Ela segue uma orientação feita pelo Conselho Federal de Medicina, que dá autonomia para que os médicos possam prescrever essa medicação para os pacientes que assim desejarem. Isso é o que vamos repetir diariamente”, declarou Mayra Pinheiro, secretária de gestão em trabalho na saúde do ministério, durante coletiva de imprensa em Brasília.

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Pressionado pelo presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde, o país mais afetado pelo novo coronavírus na América Latina, divulgou na semana passada um documento em que ampliou as recomendações para o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina aos casos leves de COVID-19 apesar da falta de evidências conclusivas sobre sua eficácia.

Até então, recomendava-se seu uso apenas nos casos mais graves.

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A decisão gerou críticas da comunidade científica brasileira.

Nesta segunda-feira, a OMS anunciou a suspensão temporária dos testes clínicos com hiroxicloroquina que realizava em vários países, após a publicação de um estudo na sexta-feira na revista médica The Lancet, que considerou ineficazes e até contraproducentes o uso da cloroquina e seus derivados para lutar contra a COVID-19.

“Não se trata de um ensaio clínico, é apenas um banco de dados coletado de vários países e isso não entra no critério de um estudo metodologicamente aceitável para servir de referência para nenhum país do mundo, e nem para o Brasil”, declarou Pinheiro.

A pressão de Bolsonaro para ampliar o uso do medicamento é apontada como a principal causa da renúncia do ministro da Saúde, o oncologista Nelson Teich, que ocupou o cargo durante menos de um mês após a saída de seu antecessor, Luiz Henrique Mandetta, que também saiu por divergências com o presidente sobre a gestão da crise sanitária.

O presidente americano, Donald Trump, é outro defensor do uso do remédio e chegou a revelar que toma diariamente de forma preventiva um comprimido de hidroxicloroquina.

Teich foi substituído interinamente pelo general Eduardo Pazuello, que autorizou a difusão da nova recomendação.

O Brasil é o sexto país do mundo com maior número de mortes pelo novo coronavírus (23.473) e o segundo com mais casos confirmados (374.898), atrás apenas dos Estados Unidos.

Fonte: Yahoo!

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