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O Congresso dos EUA realizou uma audiência pública sobre as alegações de que o governo está encobrindo seu conhecimento sobre óvnis (objetos voadores não identificados) — UFOs, na sigla em inglês.
Para o jornal “The Guardian”, a audiência lembrou “cenas de um filme de ficção científica”. Das três testemunhas presentes, as declarações de uma delas chamaram mais atenção: as de David Grusch, um ex-funcionário de inteligência dos EUA. Também segundo o Guardian, a audiência deixou “uma sensação geral de que existe um acobertamento em algum lugar do governo dos EUA”.
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Apesar da repercussão, o encontro acabou com mais dúvidas do que respostas e sem uma conclusão formada. Abaixo, entenda a audiência:
Onde e quando a audiência aconteceu?
No Capitólio, o centro legislativo dos Estados Unidos, que fica em Washington. A audiência aconteceu nesta quarta-feira (26).
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O que foi discutido?
Três veteranos militares aposentados testemunharam alertando que avistamentos são um problema de segurança nacional e que o governo tem mantido segredo sobre eles.
Quem era as testemunhas que participaram?
Participaram três ex-oficiais militares. São eles:
- David Grusch: ex-oficial de inteligência que, em junho, alegou que os EUA possuem veículos alienígenas “intactos e parcialmente intactos”.
- Ryan Graves: um piloto aposentado da Marinha que desde então fundou a Americans for Safe Aerospace (que em seu site diz ser uma organização de defesa de problemas para segurança aeroespacial e segurança nacional com foco em fenômenos anômalos não identificados).
- David Fravor: um ex-comandante da Marinha que se lembra de ter visto um objeto estranho no céu durante uma missão de treinamento em 2004.
O que David Grusch disse?
Foi o depoimento de Grusch o que mais repercutiu. Segundo ele, o governo dos EUA conduziu um programa de “várias décadas” que coletou e tentou fazer uma espécie de engenharia reversa de “restos de acidentes envolvendo objetos não identificados”.
Grusch, que falou sob juramento, também disse que enfrentou retaliação “muito brutal” como resultado de suas alegações sobre OVNIs — em junho deste ano, ele deu uma polêmica entrevista ao NewsNation intitulada “Não estamos sozinhos”.
Na época, Grusch afirmou que uma força-tarefa de fenômenos aéreos não identificados que ele fazia parte teve acesso negado a um amplo programa de recuperação de falhas. “Estão recuperando veículos técnicos de origem não humana. Chame-os de espaçonaves, se quiser. Veículos de origem exótica não humana que pousaram ou caíram”, disse ele na entrevista. Grusch também disse ao NewsNation que os EUA possuem “um bom número” desses veículos “não humanos”.
Já na audiência, Grusch se esquivou de responder a algumas perguntas alegando temer por sua segurança e também provocou risos dos presentes, como quando se desculpou por “desapontar metade de vocês” por não trazer “homenzinhos verdes ou discos voadores”.
Grusch também disse ter conhecimento de “pessoas que foram prejudicadas ou feridas” durante os esforços do governo para ocultar informações sobre OVNIs.
Na audiência, ao ser perguntado pela deputada Nancy Mace se acreditava que o governo fez contato com “extraterrestres inteligentes”, Grusch afirmou que não poderia discutir isso em público.
Na sequência, Mace perguntou, então, se o governo teria os corpos dos pilotos que pilotaram as naves não humanas identificadas pelo governo, lembrando declarações anteriores de Grusch. Ao que Grusch respondeu: “Como já afirmei publicamente em minha entrevista à NewsNation, materiais biológicos vieram com alguns destes restos”.
Ao ser questionado se esses restos eram humanos ou não humanos, Grusch respondeu “não humanos”. Ele alegou, entretanto, que esta foi a avaliação de pessoas com quem conversou. Depois, ao ser perguntado se isso foi documentado, respondeu que teria que falar sobre isso “em uma sala segura”.
Quem é David Grusch?
David Grusch é ex-oficial de inteligência que, em junho, alegou que os EUA possuem veículos alienígenas “intactos e parcialmente intactos”. Grusch liderou a análise de fenômenos anômalos inexplicados (UAP, na sigla em inglês) dentro de uma agência do Departamento de Defesa dos EUA até 2023.
“Eu vim de uma família operária em Pittsburgh e tinha dinheiro para a faculdade”, disse Grusch ao NewsNation em junho. “Sempre admirei as pessoas de uniforme e sempre quis fazer parte de algo maior do que eu.”
Grusch serviu 14 anos na Força Aérea, tendo passagens pelo Afeganistão e em outros lugares que não pode mencionar antes de voltar para Washington.
“E meu último cargo, que deixei em abril de 2023, coliderei o portfólio UAP da Agência Nacional de Inteligência Geoespacial. Alguns dos mais altos funcionários do Departamento de Defesa e da comunidade de inteligência costumavam me chamar para aconselhá-los sobre algumas das metas mais difíceis que o país tinha”, disse Grusch ao NewsNation.
Fonte: Agências