28 de novembro, 2024

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Militar brasileira ganha prêmio da ONU de defensora da igualdade de gênero

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Uma militar brasileira que serviu na força de paz da ONU na República Centro-Africana vai receber o Prêmio de Defensora Militar da Igualdade de Gênero, informou a organização nesta terça-feira (26).

A capitão-de-corveta Marcia Andrade Braga (foto), oficial da Marinha na Missão das Nações Unidas de Estabilização Multidimensional e Multidimensional Integrada da Republica Centro-Africana (Minusca, na sigla em inglês) receberá o prêmio do secretário-geral da ONU, António Guterres, durante conferência que ocorre na sede da ONU em Nova York, na sexta-feira (29).

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Criado em 2016, o prêmio reconhece a dedicação e o esforço de um soldado de força de paz em promover os princípios da Resolução de Segurança da ONU 1325 sobre mulheres, paz e segurança.

“Estou muito orgulhosa de ser selecionada”, disse Márcia Braga ao receber a notícia de seu prêmio, segundo comunicado da própria ONU.

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“As missões da ONU precisam de mais mulheres nas missões de paz, para que as mulheres locais possam falar mais livremente sobre as questões que afetam suas vidas.”

Como conselheira militar de gênero na sede da Minusca desde abril de 2018, a militar brasileira ajudou a construir uma rede entre conselheiras de gênero treinadas e unidades militares da missão, promovendo o uso de equipes mistas de homens e mulheres para fazer as patrulhas no país.

Essas “equipes de engajamento” conseguiram reunir informações importantes para ajudar a missão a entender as necessidades exclusivas de proteção de homens, mulheres, meninos e meninas, informa a ONU.

Eles, por sua vez, ajudaram a desenvolver projetos comunitários que apoiam as comunidades vulneráveis, realizando, entre outras coisas, a instalação de bombas de água perto de aldeias, colocação de iluminação com energia solar e a criação de hortas comunitárias para que as mulheres não tenham que percorrer grandes distâncias para colher alimentos.

O subsecretário-geral do Departamento de Operações de Paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix comentou que “Marcia Andrade Braga é um excelente exemplo do porquê precisamos de mais mulheres em manutenção da paz: a manutenção da paz funciona efetivamente quando as mulheres desempenham papéis significativos e quando as mulheres nas comunidades anfitriãs estão diretamente envolvidas”.

Vencedora sofreu ataque durante missão

Braga estava no comboio brasileiro que sofreu ataque com pedras em maio do ano passado durante patrulhamento em Bangui, capital da República Centro-Africana. Ela e o tenente-coronel do Exército Carlos Rocha se feriram quando passavam por um confronto entre muçulmanos e cristãos no local.

Por causa das pedras, o motorista do veículo em que os brasileiros estavam perdeu o controle e colidiu com uma árvore, o que, segundo o Centro de Comunicação Social do Exército, causou uma fratura no nariz do tenente-coronel. Braga sofreu apenas escoriações.

Fonte: G1

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