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O amor está no ar, e não de uma forma positiva. Seul, capital da Coréia do Sul, está infestada de insetos do amor (ou lovebugs), cientificamente conhecidos como Plecia nearctica.
Imagens compartilhadas nas redes sociais por um usuário, e que logo foram replicadas, mostram a montanha Gyeyangsan, no oeste da cidade, com trilhas para corrida e caminhadas e plataformas de observação tomadas pela espécie voadora.
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Outros vídeos da mesma pessoa mostram ela mesma coberta de insetos e, também, usando uma pá e vassoura para tentar tirá-los do caminho.
Lovebugs are really a thing in my neighborhood these days, and it's much worse in a mountain. Is nature sending Koreans, facing a population crisis, a message? pic.twitter.com/GQ63LJ3S4T
— Subin Kim (@SubinBKim) June 29, 2025
Os lovebugs, de acordo com reportagem do The Guardian, ganharam esse nome devido ao seu comportamento de acasalamento característico, com os casais voando juntos durante a cópula.
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Os machos morrem após três a quatro dias, enquanto as fêmeas vivem cerca de uma semana, depositando centenas de ovos em solo úmido antes de também morrerem.
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Os insetos do amor são originários de regiões subtropicais do sudeste da China, Taiwan e das ilhas Ryukyu, no Japão. Na Coreia do Sul, foram identificados pela primeira vez durante um grande surto em 2022.
Segundo especialistas, a crise climática e o desenvolvimento urbano ao redor de habitats montanhosos estão criando condições ideais para sua expansão para o norte, em direção às zonas temperadas, com o efeito de ilha de calor urbana de Seul tornando seu ambiente particularmente atraente.
A boa notícia é que esses insetos não transmitem nenhuma doença e não picam os humanos. Ainda assim, os moradores da capital sul-coreana não estão nada satisfeitos. Uma pesquisa do Instituto de Seul, citada pelo The Guardian, revelou que 86% deles consideram os lovebugs como pragas. Eles o classificaram como o terceiro inseto mais desagradável, perdendo apenas para as baratas e os percevejos de cama.
Para lidar com o problema, o governo local estaria supostamente desenvolvendo pesticidas fúngicos que têm como alvo as larvas do Plecia nearctica, minimizando, assim, os danos ao ecossistema.
E o controle populacional natural também está ocorrendo, pois, devido à quantidade, pássaros, incluindo pegas e pardais, estão aprendendo a comê-los, resultando em uma queda nos números em áreas anteriormente afetadas.

Fonte: Um Só Planeta