13 de maio, 2025

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Milhares de criaturas azuis brilhantes formam ‘tapete’ em praias da Califórnia

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Milhares de criaturas marinhas azuis brilhantes, conhecidas como Velella velella — ou “velejadoras do vento” — apareceram em massa na costa da Califórnia (EUA), entre abril e maio, cobrindo a areia das praias com um ‘tapete’ natural tão deslumbrante quanto preocupante. O fenômeno tem rendido imagens impressionantes nas redes sociais e reacendeu discussões sobre mudanças climáticas e o equilíbrio dos ecossistemas marinhos.

“Pareciam diamantes azuis espalhados pela praia. Como gemas, de tão brilhantes!”, descreveu a fotógrafa Emily Scher em entrevista à agência NPR. Moradora de Malibu, Scher se deparou com dezenas de milhares de Velella durante um passeio de bicicleta ao pôr do sol, e capturou imagens que rapidamente viralizaram.

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As Velella velella são pequenas colônias flutuantes de organismos marinhos, com até 10 centímetros de comprimento, que navegam sobre o oceano graças a uma “vela” translúcida em forma triangular. Suas bases gelatinosas variam do azul ao roxo profundo. Apesar da aparência exótica e de serem parentes distantes da temida caravela-portuguesa, são praticamente inofensivas aos humanos. “Pode causar coceira se esfregar nos olhos, mas nada comparado à caravela. Ainda assim, é bom evitar contato com o rosto após manuseá-las,” explicou o biólogo Matthew Bracken, da Universidade da Califórnia, em Irvine.

Bracken esclarece que esse tipo de encalhe em massa é comum na primavera, quando os ventos costeiros mudam de direção. “É quase como uma onda que começa no norte e vai descendo conforme os ventos mudam para um padrão mais voltado para o litoral”, disse. Sem capacidade de nadar, as Velella são levadas pelas correntes até ficarem presas na areia, onde rapidamente perdem sua cor vibrante e se transformam em pequenos fragmentos secos.

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No entanto, o que poderia ser apenas um fenômeno sazonal levanta suspeitas mais preocupantes. Pesquisas recentes indicam uma possível correlação entre a frequência desses encalhes e o aumento das temperaturas das águas superficiais do mar. “Quando olhamos os registros de décadas, há indícios de que esses eventos aumentam em anos mais quentes”, apontou Bracken.

Espécimes de Velella trazidos pelo mar. (Foto: WikimediaCommons)

Fonte: Um Só Planeta

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