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O México realizou um referendo neste domingo(1) para decidir se investigará e processará cinco ex-presidentes por suposta corrupção.
A consulta foi promovida pelo presidente de esquerda Andrés Manuel López Obrador – que considera a corrupção o principal problema do México – e seu partido, Morena.
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Embora o presidente tenha uma aprovação de 57%, o comparecimento em várias cidades não foi maciço, de acordo com o instituto de pesquisa Mitofsky, citado pela imprensa.
Para que o referendo seja vinculativo, é necessária a participação de 37,4 milhões de pessoas.
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Embora o “sim” possa ter vencido, esse limite “dificilmente” teria sido alcançado, de acordo com as estimativas anteriores do Mitofsky.
O Instituto Nacional Eleitoral (INE) garantiu que o dia transcorreu normalmente, apesar de reportar quase 500 incidentes de menor gravidade.
– Pregunta complexa –
O referendo aponta para Carlos Salinas (1988-1994), Ernesto Zedillo (1994-2000), Vicente Fox (2000-2006), Felipe Calderón (2006-2012) e Enrique Peña Nieto (2012-2018). No México, ex-presidentes podem ser julgados como qualquer outro cidadão, pois perdem a imunidade ao deixar o poder.
AMLO também promove uma reforma que permite que os presidentes sejam submetidos a um referendo revogatório quando completarem metade do mandato de seis anos. Em 2022, o fará voluntariamente.
A pergunta proposta por López Obrador citava seus cinco antecessores, mas o Supremo Tribunal Federal a modificou ao endossar o mecanismo.
A afirmação, que alguns consideraram confusa, afirma: “Concorda ou não que as ações cabíveis sejam apresentadas, de acordo com o enquadramento constitucional e legal, para a realização de um processo de esclarecimento das decisões políticas tomadas nos últimos anos pelos atores políticos, visando garantir a justiça e os direitos das possíveis vítimas?”
Mencionando falta de recursos, o Instituto Nacional Eleitoral realizou uma modesta promoção do referendo.
O INE instalou 57.000 urnas, em comparação com 160.000 nas eleições legislativas e locais de junho.
López Obrador acusa o órgão de endossar “fraudes” no passado.
O presidente lembrou neste domingo a suposta espionagem de opositores, jornalistas e defensores dos direitos humanos com o software Pegasus durante o governo Peña Nieto, a quem também vincula aos subornos da construtora Odebrecht.
Além disso, acusa Salinas de vender setores estratégicos, como o de telefonia, a “amigos próximos”, e Zedillo de “endividar” o país após a crise de 1994.
Fox é acusado por ter manobrado para impedir sua candidatura presidencial em 2006, e Calderón por promover um banho de sangue em sua guerra contra as drogas.
Fonte: Yahoo!