Anúncios
Uma pesquisa que propõe uma nova metodologia de cálculo do carbono que é estocado no solo de florestas tem a participação de um professor e pesquisador da Unesp de Botucatu (SP) e vai ser apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas 2025 (COP30), evento mundial que discute ações sobre as mudanças climáticas e que é realizado a partir desta segunda-feira (11) em Belém (PA).
Pela primeira vez o Brasil vai sediar o evento, mas o professor Irae Guerrini, da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, já tem experiência na participação na COP.
Anúncios
Em Dubai, em 2023, na COP28, ele apresentou parte desse estudo que propõe uma forma diferente de calcular a quantidade de carbono presente no solo das florestas, sejam elas nativas ou fruto de reflorestamento.
“A gente foi divulgar na nossa metodologia de quantificação de carbono em sistemas florestais que é diferente e mais preciso do que o que o pessoal tem usado no exterior e é recomendado pelo IPCC. Nós tivemos contato com muitas empresas, com muitos pesquisadores, então em termos de início de divulgação foi muito bom”, conta o professor em entrevista à TV TEM.
Anúncios
O cálculo é a base do mercado de crédito de carbono, que é uma das ações para frear a emissão de gases que causam o efeito estufa. No estudo desenvolvido por pesquisadores do Brasil e da Itália, é proposta uma metodologia que indica, entre vários pontos, a necessidade de coleta de amostras do solo mais profundas do que os 30 centímetros que são recomendados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Os estudos foram feitos em uma área de reserva da Mata Atlântica na Fazendo Lageado, no campus da Unesp com a coleta de amostras a partir de 1 metro de profundidade. De acordo com a divulgação do estudo, a metodologia também tem menos impacto ambiental.

Fonte: G1