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Com mais de 3.000 espécies diferentes, as libélulas são criaturas com habilidades incríveis e um papel essencial no equilíbrio ecológico. Seu voo acrobático, precisão na caça, impressionante capacidade migratória e sensibilidade ambiental as tornam um dos insetos mais fascinantes da natureza.
A Smithsonian Magazine, revista especializada em ciência, história e natureza, publicada pela Smithsonian Institution, tradicional instituição de pesquisa e museus dos Estados Unidos, destacou algumas curiosidades incríveis desses pequenos seres.
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1. Antepassados gigantes
Difícil acreditar, mas essas graciosas criaturas voadoras têm uma história de proporções monstruosas. Seus ancestrais, como o Meganeuropsis permiana, tinham uma envergadura de asas de mais de um metro. Segundo cientistas, esse gigantismo pode ter a ver com os altos níveis de oxigênio no período Paleozoico, o que fez com que os insetos atingissem tamanhos maiores.
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2. Mandíbulas mortais
Embora tenham mandíbulas serradas, o que é uma referência direta ao nome científico da ordem a que pertencem, Odonata (do grego “odon”, que significa “dente”), elas não têm dentes de fato, mas suas mandíbulas são suficientemente fortes para pegar, segurar e esmagar presas de maneira eficiente. Elas caçam em pleno voo e capturam suas presas com uma precisão impressionante, sendo capazes de capturar até 95% de suas presas, uma taxa altíssima comparada com outros predadores.
3. A vida aquática das libélulas
Durante a maior parte de sua vida, as libélulas são aquáticas. Como larvas, elas se alimentam de tudo, desde girinos até pequenos peixes. Essa fase pode durar de semanas a vários anos, dependendo da espécie. Algumas podem permanecer como ninfas subaquáticas por até 5 anos, enquanto outras podem viver apenas de 6 meses a 1 ano antes de se transformar em adultas.
4. Vida adulta curta
Após a metamorfose, quando a libélula se torna adulta e começa a voar, sua vida adulta é relativamente curta. A duração média dessa fase é de 1 a 2 meses, embora algumas libélulas possam viver até dois meses e meio ou mais em condições ambientais favoráveis. Durante esse período, a libélula se dedica principalmente a caçar, acasalar e, em alguns casos, migrar.
5. Indicadores de qualidade ambiental
Como vivem a maior parte de sua vida na água, elas são altamente sensíveis a mudanças nos ecossistemas aquáticos e acabam desempenhando papel de indicadores de qualidade ambiental. Sua presença ou ausência pode indicar a saúde de um habitat, como a qualidade da água e da biodiversidade local. Devido à sua dependência de ambientes aquáticos limpos e estáveis, o desaparecimento de libélulas pode ser um sinal de poluição ou degradação ambiental. Isso as torna cúmplices para estudos ecológicos e monitoramento da saúde dos ecossistemas.
6. Mestres de voo
As libélulas são voadoras incríveis, capazes de ir para cima, para baixo, para frente, para trás, e até parar no ar. E durante o acasalamento, realizam uma acrobacia que forma um “coração” no ar. Com uma velocidade de até 50 km/hora, elas são uns dos insetos mais rápidos do mundo. Um libélula conhecida como globe skimmer realiza a migração mais longa entre todos os insetos: de quase 18 mil km entre a Índia e a África, cruzando o Oceano Índico em altitudes de mais de 6 km.
7. Controladoras de mosquitos
As libélulas ganharam o apelido de “caçadoras de mosquitos”, já que uma libélula adulta pode comer até 100 mosquitos por dia. E as larvas também são predadoras de mosquitos, consumindo até 40 larvas por dia.
8. Visão de quase 360 graus
Com seus olhos enormes e compostos por até 28.000 lentes, as libélulas têm uma visão quase panorâmica. Elas podem enxergar ultravioleta e luz polarizada, permitindo uma percepção de mundo muito mais aguçada do que a humana.
9. A menor libélula do mundo
A scarlet dwarf é a menor libélula do mundo, com apenas 15 mm. Ela é encontrada no Sudeste Asiático e em partes da China e Japão.
10. Ameaças ao habitat
Infelizmente, as libélulas estão em risco devido à degradação de seus habitats, com 16% das espécies estudadas em risco de extinção. O desmatamento, o uso de pesticidas e a emergência climática são as principais ameaças a esses incríveis insetos.
Fonte: Um Só Planeta