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O zagueiro Messias foi apresentado como reforço do Santos nesta terça-feira, em entrevista coletiva no CT Rei Pelé. O defensor, ex-jogador do Ceará, usará a camisa 24, um número pejorativamente relacionado à homossexualidade no Brasil por conta do jogo do bicho – que associa este número ao veado.
Questionado sobre a escolha, Messias disse que é muito fã de Kobe Bryant, jogador americano de basquete que fez história no Lakers, da NBA, justamente com a camisa 24. O zagueiro revelou já ter lido livros do ex-atleta, morto em 2020 num acidente de helicóptero, e repudiou qualquer tipo de preconceito.
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– Eu sou um fã do Kobe, li alguns livros dele já. Ele se eternizou com esse número, o 24. Fiz a escolha pelo 24. Acho que hoje em dia no nosso país temos um pouco de preconceito com esse número, mas isso já é ultrapassado. Pela mentalidade do Kobe, pela história que ele tem, fiz a escolha por esse número – disse Messias.
Leitura, inclusive, é um dos passatempos de Messias. Quando não está jogando ou tocando seus instrumentos, o novo zagueiro do Santos se aventura nas leituras.
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– Hoje eu gosto muito da leitura e gosto de tocar banjo, cavaco. Quando eu estou em casa e minhas filhas não estão dormindo, aí eu toco um banjo (risos). Mas faço minhas leituras, gosto de ler. Isso acrescenta muito na minha vida como pessoa e profissional. Procuro evoluir como atleta, pessoa, pai, amigo, filho. Acho que a leitura me ajuda muito nesse sentido – completou o zagueiro.
Mas e dentro de campo? Messias admite que o jogo aéreo é uma de suas principais qualidades, mas não só essa, e disse querer conquistar a confiança dos torcedores aos poucos, sem forçar nada.
– Eu acredito que é natural do torcedor ter essa desconfiança. Infelizmente, fui rebaixado com o Ceará. Mas espero conquistar essa confiança do torcedor. Ninguém conquista a confiança de ninguém de imediato, com palavras. Quero conquistar a confiança do torcedor com trabalho. Só assim vou conquistar a confiança do torcedor. Mas com atitudes, atuações dignas, posso conquistar a confiança do torcedor – disse.
– Acredito que temos de estar em constante evolução, mas todo jogador tem a característica individual. Eu procuro evoluir, a cada dia mais ter um aproveitamento melhor no jogo aéreo. Mas não é só essa característica que me define. Procuro me destacar em todas: saída de bola, coberturas, coisas que o zagueiro procura fazer dentro de campo. É uma marca minha o jogo aéreo, e vou dar meu melhor para continuar com esses bons números defensivos e ofensivos – completou.
Fonte: G1