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O Secretário Estadual de Educação, João Cury Neto, afirmou em sua primeira entrevista após o segundo turno das eleições que não se sente derrotado, como alguns setores da política de Botucatu apontam. A leitura de derrota pelo apoio a Márcio França é sugerida por alguns oposicionistas e ex-aliados. “A vida é feita de escolhas. Algumas são colocadas à prova, com base em princípios e valores e isso ocorreu na eleição deste ano. Não é segredo para ninguém que minha preferência eleitoral era pelo Márcio França, que me convidou para ser Secretário de Educação e, antes, tinha relação com ele por conta do convite que Geraldo Alckmin fez para que eu ocupasse a FDE. Acredito que Márcio França era o nome ideal para trabalhar na união do País e São Paulo”, justificou em entrevista na Rádio Clube FM.
Em relação a ser ou não derrotado, João Cury Neto salientou que foram eleitos a maioria dos candidatos que apoiou, e citou, além de Fernando Cury, outros deputados e senadores que teria mobilizado grupos de apoio, devido ao auxílio que recebeu em termos orçamentários com emendas, quando era prefeito de Botucatu. “Não me sinto derrotado, não disputei eleições, mas ajudei a eleger o meu irmão, que é um dos poucos deputados, acredito que não passe de dez, que foi reeleito aumentando a sua votação no Estado. Por outro lado, quanto ao Governador, também me sinto vitorioso, pois poucos candidatos tiveram mais de cinco milhões de votos. Um deles foi Márcio França”.
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Segundo o ex-prefeito, Márcio França valorizou lideranças de Botucatu, indicando dois nomes da Cidade para ocupar cargos executivos de alto escalão no Governo de São Paulo. Além de João Cury, na Secretaria de Educação, citou o Secretário Adjunto de Saúde, Professor Antônio Rugolo, que era diretor da FMB e da Famesp. “O Márcio França ofereceu uma grande conquista política para Botucatu, pois no alto escalão de Governo temos dois secretários, eu e o Professor Rugolo, que é Secretário Adjunto da Saúde, um dos maiores orçamentos do Estado, ao lado da Educação. Isso nunca ocorreu, ou se ocorreu foi no início do século passado, com Amando de Barros”.
O Secretário e ex-prefeito destacou que, só neste ano, França destinou recursos para viabilizar a Maternidade do Hospital Estadual e também recursos para a construção de uma nova escola no Jardim Cambuí, além de outros recursos para a cidade.
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Em relação ao futuro, João Cury disse que trabalha para concluir suas funções até o final do ano e que não tem plano “B”, após o atual Governo. “Não tenho plano B após a conclusão da missão que o Governador Márcio França me destinou. Posso voltar a trabalhar na advocacia, que é uma atividade que gosto muito, assim como gosto de política”.
João Cury lamentou o episódio atribuído a André Barbosa, Curumim, atual presidente do PSDB, que na véspera da eleição, com um grupo de tucanos disparou na rede social uma foto dando a entender que o deputado Fernando Cury (irmão de João) estaria apoiando João Doria. A foto era de uma convenção do PPS de 2017. Curumim alegou que foi uma homenagem aos dois votos que ele deu: um para Doria e outro para Fernando Cury, no primeiro turno eleitoral.
Jornal Leia Notícias por Haroldo Amaral