07 de novembro, 2024

Últimas:

Mercenários se rebelam contra exército russo e segurança de Moscou é reforçada

Anúncios

Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo mercenário Wagner, que apoia a Rússia na guerra, se desentendeu com o governo do país nesta sexta-feira (23), o que levou parte dos combatentes da organização a se mobilizar. As autoridades russas disseram que irão investigar o líder do grupo, que é aliado de Vladimir Putin, por instigar um motim.

Mais cedo, Prigozhin acusou o próprio Ministério de Defesa da Rússia de atacar acampamentos da organização e prometeu retaliação. Segundo ele, uma enorme quantidade de combatentes do grupo teria morrido.

Anúncios

“Aqueles que destruíram nossos rapazes serão punidos. Peço que ninguém ofereça resistência. Somos 25 mil e vamos descobrir por que o caos está acontecendo no país”, disse o chefe do grupo Wagner. “Este não é um golpe militar. É uma marcha por justiça. Nossas ações não interferem de forma alguma nas tropas.”

O Ministério da Defesa emitiu rapidamente um comunicado no qual afirma que as acusações de Prigozhin “não correspondem à realidade e são uma provocação informativa”. Segundo as autoridades, o presidente do país, Vladimir Putin, está ciente da situação e todas as medidas necessárias estão sendo tomadas.

Anúncios

A FSB, um dos serviços de segurança da Rússia, abriu um caso criminal contra Prigozhin. Ele é acusado de instigar um motim (um levante contra a autoridade militar), crime punível com até 20 anos de prisão no país.

O procurador-geral da Rússia disse que Prigozhin está sendo investigado por “suspeita de organizar uma rebelião armada”.

Por volta das 20h desta sexta, no horário de Brasília, Prigozhin afirmou que o grupo havia atravessado a fronteira da Ucrânia sentido Rússia. Ele disse que seus homens vão destruir qualquer um que ficar no caminho.

Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner (Foto: Reprodução)

Mercenários se mobilizam

As declarações de Prigozhin levaram parte dos mercenários a se mobilizar nas ruas do país. A segurança de Moscou foi reforçada após a movimentação nas ruas aumentar.

O vice-comandante da campanha russa na Ucrânia, general Sergei Surovikin, pediu que os milicianos retornassem às suas bases e apoiassem o governo russo. “Peço que parem”, disse ele em postagem nas redes sociais. “O inimigo está apenas esperando que a situação política interna piore em nosso país.”

A FSB também se pronunciou: “Pedimos aos combatentes do grupo Wagner para que não cometam um erro irreparável, parem quaisquer ações enérgicas contra o povo russo, não cumpram as ordens criminosas e traiçoeiras de Prigozhin e tomem medidas para detê-lo”.

Yevgeny Prigozhin em imagem divulgada no dia 1º de junho de 2023 (Foto: Divulgação)

Mais acusações de Prigozhin

No início do dia, Prigozhin disse que o governo russo se baseou em mentiras inventadas pelos altos escalões do exército para invadir a Ucrânia.

Prigozhin, cujos discursos frequentes nas mídias sociais desmentem seu papel limitado na guerra como chefe da companhia militar privada Wagner, há meses acusa abertamente o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o principal general da Rússia, Valery Gerasimov, de incompetência.

“A guerra era necessária para que [o ministro da Defesa, Sergei] Shoigu pudesse se tornar um marechal, para que ele pudesse obter uma segunda medalha de ‘Herói’ [da Rússia]”, disse Prigozhin em outra mensagem de áudio. “A guerra não era necessária para desmilitarizar ou desnazificar a Ucrânia [como o governo dizia].”

Mais tarde, Prigozhin reiterou o fato de que o governo da Rússia estava mentindo e escondendo fatos da população. “O ministro da Defesa ordenou que 2 mil corpos que estão sendo armazenados sejam escondidos para não mostrar as perdas”, afirmou.

Fonte: Agências

Talvez te interesse

Últimas

Explorando as oportunidades de um futuro industrial sustentável e resiliente...

Categorias