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A pandemia do novo coronavírus fez com que países inteiros criassem regras para a circulação de seus cidadãos, fechassem escolas e interrompessem projetos. Na indústria, como não poderia deixar de ser, o vírus também causou estrago significativo.
Isto não ocorreu por acaso: além de ter contaminado cerca de oito milhões de pessoas até a criação deste artigo, o vírus causador da COVID-19 atingiu fatalmente cerca de meio milhão de indivíduos.
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Na tentativa de conter o avanço da enfermidade, muitos governos julgaram necessário paralisar as empresas, interromper a circulação de transportes e, então, pagar um auxílio para que os cidadãos pudessem ficar em casa.
No Brasil, embora a renda básica emergencial, popularmente conhecida como coronavoucher, tenha auxiliado muitas famílias, a diminuição dos salários, as demissões e a falta de vendas, especialmente, para autônomos e microempreendedores, fez com que muitos tivessem que diminuir os gastos.
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Assim, tudo o que não é considerado essencial para a sobrevivência e o bem-estar durante a época de pandemia foi deixado de lado pelos brasileiros, mais preocupados com a segurança e a alimentação do que com bens de consumo.
Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre as indústrias que foram impactadas pela paralisação das atividades cotidianas e pela nova realidade, trazida à tona por conta do novo coronavírus. Confira.
Mercados mais atingidos
Uma vez que são dependentes do tráfego de pessoas, aglomerações e boas condições econômicas, inevitavelmente, as atividades ligadas a turismo, hotelaria e aviação sofreram grande impacto desde o surgimento da COVID-19.
No entanto, de acordo com artigo publicado no Sebrae, os setores acima não são os únicos: a construção civil e a moda, com as suas particularidades, também têm sido deixados de lado pelos consumidores.
Para tentar manter as vendas, o varejo de moda tem apostado não apenas em boas promoções e peças mais voltadas para o trabalho formal — afinal, há muitos que estão fazendo home office — mas em atendimento por meio de redes sociais, como WhatsApp, e entregas feitas por motoboy ou pelos Correios, sem frete ou com baixo custo.
Os estabelecimentos voltados para alimentação fora do lar também foram impactados. O fato é que eles não podem mais atender os clientes de forma tradicional, mas ainda precisam pagar as contas naturais ao funcionamento. O delivery, em muitos casos, ajuda apenas a fechar as dívidas do mês, sem oferecer grandes possibilidades de lucro ou renovação.
Mulheres e negros
Segundo artigo publicado no G1, os grupos que ocupam posições menos favoráveis no mercado de trabalho, como as mulheres e as pessoas negras, têm sido afetados de forma mais significativa do que os demais.
As mulheres têm tido problemas porque ainda são minoria nos setores considerados essenciais, como transporte e indústria, e povoam áreas que têm sido consideradas não essenciais, como os salões de beleza, espaços de estética e afins.
A população negra, por sua vez, é majoritária nos trabalhos informais e, em geral, tem uma posição muito frágil dentro dos espaços nos quais atuam. Assim, em momentos de crise, indivíduos deste grupo são os primeiros a serem demitidos.
O trabalho doméstico, composto, principalmente, por mulheres negras, é um dos ofícios que mais sofreu com a situação da pandemia e do isolamento social.
O mesmo artigo aponta que, no trimestre encerrado em abril, o Brasil teve o maior aumento de demissão de colaboradores domésticos em nove anos. Em números, isso quer dizer que 727 mil pessoas deixaram de trabalhar.
Empresas que ainda estão contratando
A BBC conversou com recrutadores de vagas para entender um pouco mais sobre o perfil das empresas que, neste momento, estão em busca de novos trabalhadores.
O setor de supermercados é um deles: grandes líderes, como o Carrefour, estão oferecendo centenas de vagas para atendimento ao consumidor, caixa, padeiros, técnicos em manutenção, entre outras especialidades.
Da mesma forma, o segmento de farmácias está próspero e também houve aumento do número de funções aliadas à movimentação de carga e logística. Por fim, empresas de contabilidade e do setor financeiro também têm oferecido vagas, embora em menor quantidade.
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