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O adolescente de 17 anos reconhecido por familiares como autor do disparo que matou o médico infectologista Rodolfo Enrique Postigo Castro, de 60 anos, se apresentou à Polícia Civil nesta quinta-feira (5), em Guarulhos (SP). Ele será encaminhado para a Delegacia Sede de Guarujá, no litoral paulista, onde o caso ocorreu e segue sob investigação. A polícia prossegue com diligências para localizar o comparsa do suspeito.
Conforme apurado, o advogado do menor compareceu ao 9º DP de Guarulhos na manhã desta quinta-feira, e o suspeito se apresentou em seguida, por volta das 11h. Na delegacia, todos os procedimentos jurídicos cabíveis foram tomados, e o adolescente será levado para Guarujá ainda nesta quinta.
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A moto usada pelo adolescente e pelo comparsa já havia sido localizada na terça-feira (3), na Rua Itabera, no bairro Jardim Enseada, após policiais militares receberam uma denúncia anônima sobre um veículo abandonado em uma área de mata. Conforme apontam as investigações, no dia do crime, o menor estava na garupa da motocicleta, enquanto o comparsa – ainda não identificado – a pilotava.
Após localizar a moto, a PM avisou a Polícia Civil. O veículo foi conduzido e apresentado na delegacia, onde foi apreendido e encaminhado ao pátio municipal.
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Relembre o caso
O infectologista foi morto durante um assalto no píer da Praia do Perequê, no último sábado (31), por volta das 15h. Rodolfo, que é de Tatuí (SP), havia acabado de almoçar com a família em um restaurante da orla quando decidiu andar no píer para aproveitar a vista. Neste momento, o grupo foi abordado por dois criminosos, que roubaram alguns pertences do médico e dos familiares.
Após roubar a família, o criminoso armado efetuou dois disparos em direção às vítimas. Um dos disparos atingiu Rodolfo no peito. Em seguida, eles fugiram de motocicleta. O médico foi socorrido por pessoas que estavam no local, mas chegou já sem vida ao pronto-socorro.
O menor apontado pela polícia como autor dos disparos havia sido apreendido por porte ilegal de arma de fogo duas semanas antes do latrocínio, mas foi liberado em seguida. A arma foi apreendida pela Polícia Civil, mas, como o adolescente estava acompanhado da mãe e de um advogado, foi liberado depois que o boletim de ocorrência foi registrado, pelos atos infracionais análogos aos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e corrupção ativa.
A liberação teve como base o Artigo 174 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que diz que, “comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o adolescente será prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de compromisso, […] exceto quando, pela gravidade do ato infracional, […] deva o adolescente permanecer sob internação para garantia de sua segurança pessoal ou manutenção da ordem pública”.
Na Delegacia Sede de Guarujá, onde o caso foi registrado, os familiares que estavam com Rodolfo no momento do crime viram algumas fotografias e identificaram o adolescente como o autor dos disparos. As três testemunhas apontaram para o mesmo suspeito sem terem comunicação entre si.
Fonte: G1 – Foto: Addriana Cutino/G1