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O adolescente Gabriel Henrique Santos Correa, de 13 anos, que morreu após levar uma forte descarga elétrica em um campo de futebol enquanto brincava com os amigos, em Lins (SP), foi eletrocutado enquanto caminhava para beber água.
Segundo Patrícia Correa, tia paterna do jovem, o sobrinho ia todo domingo jogar bola com os amigos no local, mas no último dia 30 de outubro, não retornou para casa. A notícia do acidente logo chegou à família.
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“Ficamos desesperados quando soubemos. Ele estava com os amigos, como fazia sempre no final de semana. Parece que ele foi atravessar para beber água e, como tinha muitas folhas, não viu os fios no chão”, relata Patrícia.
No dia do ocorrido, Gabriel Henrique foi socorrido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Lins. Ele ficou quatro dias na unidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na última quinta-feira (3). De acordo com o hospital, o óbito ocorreu por morte encefálica.
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“A família estava muito preocupada com a internação do Gabriel. A médica disse que ele sofreu duas paradas cardíacas. Estávamos com muita esperança que ele voltasse pra família, mas infelizmente Deus o levou mais cedo”, conta a tia.
Um boletim de ocorrência foi registrado sobre o caso e, segundo o delegado responsável pela investigação, Wanderley Santos, o adolescente jogava bola com colegas quando encostou em um fio da rede elétrica. O laudo pericial vai apontar se ele pegou o fio com as mãos, tropeçou ou então pisou nele.
Para a tia de Gabriel, o temporal que atingiu cidades do centro-oeste paulista, incluindo Lins, no dia anterior ao acidente foi responsável pelos estragos na fiação elétrica e, consequentemente, pela situação perigosa encontrada pelas crianças no local.
“A chuva foi muito forte, deve ter caído um fio de energia, e não foram ver ou providenciar os ajustes. Então, esse fio deve ter sido o responsável pela morte do nosso menino”, diz.
Gabriel foi velado na quinta-feira, no Velório Municipal, e sepultado na manhã de sexta-feira (4) no Cemitério São João Batista, ambos em Lins.
Segunda perda
Abalada, a família enfrenta a segunda perda em pouco tempo. De acordo com a tia, o adolescente, que era o mais velho de três irmãos, ainda buscava superar a morte do pai, que faleceu no último mês de setembro depois de um acidente de carro.
“Para a nossa família, é a segunda morte em menos de dois meses. O próprio pai dele faleceu em um acidente de carro na madrugada do dia 12 de setembro. Meu irmão. Ele ficou muito abalado, disse que cuidaria da mãe dele e que agora seria o homem da casa, já que os irmãos, Beatriz, de nove anos, e Bryan, de quatro anos, eram mais novos”, conta.
Fonte: G1