29 março, 2024
Anúncios
A menina de Areiópolis (SP) que mobilizou as redes sociais no ano passado em busca de um doador de medula óssea acabou realizando o transplante com a doação do próprio pai, que é 50% compatível com a filha.
Alice Lopes Rodrigues, de 7 anos, tem leucemia e até chegou a encontrar um doador 100% compatível através do Redome, o registro nacional dos doadores de medula. No entanto, uma situação inesperada impossibilitou o transplante.
Anúncios
Segundo a mãe de Alice, Jéssica Lopes Sartorelli, o jovem de 24 anos que iria fazer a doação contraiu Covid-19 e a menina não podia esperar ele se recuperar para realizar o procedimento.
Conforme o Ministério da Saúde, o doador precisa ficar afastado do processo de doação por pelo menos 30 dias após a recuperação completa dos sintomas da doença.
Anúncios
“Tinham que aproveitar que ela estava bem clinicamente. Não tinha como esperar muito tempo. Pelo que eu entendi, como ele teve Covid, por ser uma doença mais nova, eles não sabem quanto tempo isso fica no corpo e se estava afetando a medula, então eles optaram por não esperar essa pessoa”, conta Jéssica.
Alice fazia tratamento no Hospital das Clínicas de Botucatu. Segundo os médicos relataram à família, era necessário que a menina fizesse quimioterapia até que as células cancerígenas estivessem zeradas. A partir disso, o transplante poderia ser realizado com um doador 100% compatível.
Apesar disso, a doença da Alice não entrou em remissão e os pais decidiram procurar tratamento para a menina no Hospital de Amor, em Barretos. Lá, a equipe médica decidiu fazer o transplante com a medula do pai de Alice, Flávio Rodrigues.
“Eles falaram que tem chance de dar certo, mas cai um pouco. Porém, eles estão tendo bons resultados com transplantes assim”, explica Jéssica.
O procedimento foi realizado no dia 24 de dezembro, véspera de Natal e dois dias antes do aniversário de 7 anos da pequena, que comemorou a data no hospital.
Jéssica contou que Alice ficou bastante debilitada depois do transplante e teve que ficar dois dias na UTI por causa da presença de bactérias na corrente sanguínea dela. Depois, a menina teve alta do hospital e está se recuperando bem, segundo a mãe.
“Ela ainda tem que ir para o hospital duas vezes por dia para tomar alguns medicamentos na veia, mas não tem mais necessidade de ficar internada. Nós alugamos uma kitnet em Barretos, fica só eu e ela”, conta a mãe.
Depois do transplante, Alice fez vários exames para saber se a nova medula estava “funcionando”. Segundo a mãe, a imunidade da menina começou a aumentar, o que significa que a medula do pai “pegou”.
“Para saber se funcionou mesmo demora um tempinho. Falaram que é bem longo o processo pós-transplante. Daqui uns dois meses vamos saber se a doença foi embora, se deu o resultado esperado”.
Fonte: G1
Anúncios Midea Group: Este comunicado de imprensa inclui multimédia. Veja o comunicado completo aqui: https://www.businesswire.com/news/home/20240328326026/pt/ Anúncios...
© Desde 2012. Grupo LN de Comunicação. ® Todos os direitos reservados.