25 de setembro, 2025

Últimas:

Menina de 6 anos resgatada de cárcere no interior de SP passava o dia vendo pornografia

Anúncios

A menina de 6 anos que foi resgatada de um cárcere privado em Sorocaba passava a maior parte do tempo assistindo a vídeos pornográficos no celular. A perícia médica descartou que ela tenha sido abusada sexualmente.

A criança foi encontrada na última sexta-feira (29/8) na casa em que morava com o pai e a mãe. Os três dividiam um mesmo colchão posicionado no chão do quarto do casal, um cômodo pintado de branco. Os brinquedos se resumiam a uma cabaninha rosa, algumas bolinhas e dois jogos.

Anúncios

A criança foi levada ao Instituto Médico-Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito, assim que foi retirada da casa. Não foram detectados sinais de abuso, e o aparelho celular ainda deve passar por perícia.

Lígia Guerra disse que foram encontrados três celulares com a família e o que a criança usava tinha acesso restrito, sem comunicação com o mundo exterior. Ela ficava totalmente isolada dentro de casa, sem ir à escola, ter acesso a assistência médica ou assistir a televisão. Por causa do tratamento, a menina nunca aprendeu a falar e só consegue comer comida líquida.=

Anúncios

“Ela ficava sempre no mesmo ambiente, um quarto apático. Então, quando trouxemos ela, até o colorido do conselho a deslumbrou. A menina não parava em nenhum lugar, pegava as coisas e não queria estar em lugar fechado. Chegou até a quebrar o alarme do bombeiro, porque ele era vermelho, e aquilo deixou ela fascinada”, completou Lígia. 

Pais estão presos

  • Os pais da criança foram presos nessa quinta-feira (4/9) e foram encaminhados à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Sorocaba, que investiga o caso.
  • A dupla teve os respectivos celulares apreendidos e responderão pelos crimes de sequestro e cárcere privado.

Caso começou com denúncia dos vizinhos 

A mãe da menina também usava um celular sem linha e dependia do marido para qualquer comunicação. Ela passava parte do dia fora, vendendo os pães feitos por ele. Segundo a conselheira, a mulher era proibida de entrar em casa se não vendesse toda a produção.

A delegada responsável pelo caso, Renata Zanin, explicou que as condições da família chegaram à polícia após uma denúncia de vizinhos, que acusaram o genitor de ter raspado a cabeça da mulher e a obrigado a usar roupas masculinas. Esses vizinhos relataram que escutavam a criança gritando quando a mãe saía de casa, mas que nunca tinham visto a menina sair do imóvel.

O homem teria recebido os conselheiros aos berros no dia em que eles foram averiguar a denúncia. Apesar disso, a mãe da menina negou à polícia que estaria sofrendo violência e não quis o acolhimento do Conselho.

“O que a gente sabe é que a mãe se afastou da família por conta do marido. Mas, todas as vezes que conversamos com ela, ela negou que era vítima de maus-tratos. Por mais que a gente converse, a gente aponte para ela o que seria essa violência, ela devolve que estava tudo certo, que era tudo normal”, disse a delegada Renata Zanin ao Metrópoles.  

Família da mãe viu a menina pela última vez quando ela tinha 6 meses

Durante o resgate, os conselheiros buscaram a família expandida da mulher e descobriram que a última vez que os avós e tios da menina souberam da criança foi quando ela tinha 6 meses. O homem tinha obrigado a mulher a se distanciar dos familiares e, desde então, eles viviam totalmente separados.

Ao saber das condições da criança, os familiares relataram ao conselho tutelar que a mulher já havia abandonado outro filho. O menino, que hoje tem 21 anos, foi criado pelos avós, que estão acamados.

Com Metropoles

Talvez te interesse

Últimas

Anúncios Por José Claudinei Messias, presidente do Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana Cento e cinquenta anos. Esta é a idade...

Categorias