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Uma criança de 4 anos morreu após ser picada por um escorpião nesta segunda-feira (22), em Ourinhos (SP). Giovana Mendes foi picada quando colocava a blusa antes de ir para a escola.
De acordo com familiares, a menina pediu para que a mãe colocasse uma blusa de frio nela. Ao vestir, Giovana começou a gritar de dor e a mãe viu o escorpião.
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Quando tentou tirar o escorpião, a mãe também acabou sendo picada. As duas foram socorridas para a Unidade de Pronto Atendimento. A mãe foi atendida e liberada em seguida.
Giovana foi medicada e levada para observação na sala de emergência. Mas seu estado de saúde piorou e ela não resistiu a paradas respiratórias.
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O corpo da menina foi enterrado na manhã desta terça-feira (23), no Cemitério da Saudade.
Outros casos na região
Em Cabrália Paulista, a menina Yasmin Lemos Campos, de 4 anos, morreu após ser picada por um escorpião no quintal da casa onde morava, em julho deste ano. A menina passou por três cidades e, em duas delas, não havia soro antiescorpiônico.
Já em Barra Bonita, em abril, Brian Gabriel Alves, de 6 anos, também morreu após ser picado. Segundo o pai do garoto, não havia soro no hospital da cidade. E, cerca de 40 minutos após sua entrada, ele foi transferido para a Santa Casa de Jaú, cidade vizinha.
Em Jaú, o garoto tomou o soro, mas não resistiu e morreu cerca de três horas depois de ter sofrido a picada.
Ação do MPF
Após esses casos, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação para que a União e o Estado de São Paulo disponibilizem, pelo menos, seis doses de soro antiescorpiônico em cada um dos municípios da região de Jaú.
A medida foi acatada e as doses devem ser distribuídas no prazo máximo de 20 dias a partir desta terça-feira (23).
Atualmente, as cidades de Bariri, Barra Bonita, Bocaina, Boraceia, Brotas, Dois Córregos, Igaraçu do Tietê, Itaju, Itapuí, Mineiros do Tietê e Torrinha não possuem doses em suas unidades de saúde, o que obriga a população a se deslocar até Jaú para receber o tratamento sorológico, quando necessário.
O pedido do MPF para que todas as 11 cidades contem com um estoque mínimo de soro visa garantir o atendimento emergencial em episódios graves de picadas de escorpião, geralmente envolvendo idosos e crianças, nos quais a administração do antídoto é muitas vezes a única maneira de salvar a vítima. Nesses casos, é recomendada a aplicação de seis ampolas do antiveneno em curto espaço de tempo. A decisão também determina a preservação das 12 unidades do antídoto mantidas atualmente na Santa Casa de Misericórdia de Jaú, bem como a reposição imediata das doses utilizadas, sob pena de multa de R$ 15 mil em caso de descumprimento.