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Poucas horas depois de ser incluída na fila de espera de transplante, um novo coração começou a bater no peito de uma menina de três anos. O procedimento foi realizado por profissionais do Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto (SP), na quarta-feira (13).
A pequena Ana Lívia Prado foi diagnosticada com uma doença congênita que faz o coração crescer muito além do normal. Diante da gravidade, ela foi incluída como segunda na lista de prioridades e a cirurgia, que durou 3h20, foi possível a partir da doação do órgão de uma criança que morreu em decorrência de complicações da hidrocefalia.
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“Quando a gente para o coração do doador, no caso, em Cuiabá (MT), temos quatro horas para transportar, fazer cirurgia e fornecer sangue para o coração começar a bater novamente. Com o coração em Cuiabá, pegamos o helicóptero até o aeroporto, depois pegamos o avião até Rio Preto e a GCM nos escoltou até o hospital para ser mais rápido”, conta Ulisses Crotti, coordenador do Centro do Coração da Criança do HCM.
De acordo com a CardioPedBrasil – Centro do Coração da Criança do HCM, toda a ação durou 6h20 e se destaca pela agilidade da localização de um doador compatível no menor tempo na história do serviço em Rio Preto.
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“Logo começamos a cirurgia e colocamos o coração para bater. Isso garantiu o tempo que chamamos de viabilidade miocárdica, ou seja, o tempo adequado para que esse coração tivesse uma boa contração”, diz Ulisses Crotti.
Ana Lívia segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança e Maternidade, extubada e estável.
Para Talissa Prado, moradora de Lins (SP) e mãe de Ana Lívia, o sentimento é de gratidão à família doadora e à equipe que colaborou com o sucesso do transplante que garantiu a vida da menina.
“Que ela [a mãe que autorizou a doação] receba minha gratidão como conforto. Não tenho nem noção do que se passou com ela. Creio que foi Deus que a iluminou e permitiu a doação desse coração abençoado. E que ela se sinta feliz, porque esse coraçãozinho tão importante para ela bate no peitinho da minha filha.”
Fonte: G1