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Prisão em Botucatu integrou ofensiva coordenada em quatro continentes e resultou em 270 detenções e apreensão de mais de US$ 200 milhões em ativos ilegais
A Polícia Civil de Botucatu, por meio da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE), desempenhou papel decisivo na Operação RapTor, uma das maiores ações globais de combate ao tráfico de drogas sintéticas e opioides na Darkweb. A ofensiva internacional, realizada no dia 18 de novembro de 2024, resultou na prisão de 270 indivíduos em diversos países e foi coordenada pela JCODE (Joint Criminal Opioid and Darknet Enforcement), dos Estados Unidos, com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil.
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Conforme registrado no Boletim de Ocorrência,, a prisão realizada em Botucatu foi parte dos esforços nacionais para desmantelar uma complexa rede de distribuição de drogas sintéticas via Darkweb. O indivíduo detido na cidade mantinha operações ativas em plataformas anônimas de comércio ilegal, utilizando criptomoedas para dificultar o rastreamento financeiro e efetuando envios de substâncias entorpecentes por meio de serviços postais.
A participação brasileira na operação incluiu o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária expedidos pela 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares de Belém/PA. As diligências foram realizadas nas cidades de São Paulo, Mogi Guaçu, São Bernardo do Campo, Ponta Porã e Botucatu.
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Durante a ação, foram apreendidas drogas como MDA (Tenanfetamina), ecstasy (MDMA) e maconha, além de dinheiro em espécie e equipamentos eletrônicos. Em escala global, os resultados da Operação RapTor impressionam: mais de duas toneladas de drogas, incluindo 144 quilos de fentanil ou substâncias similares, 180 armas de fogo e mais de US$ 200 milhões em moedas fiduciárias e ativos digitais foram recolhidos.
Operação internacional com impacto global
A megaoperação envolveu agências de segurança de países como Áustria, França, Alemanha, Holanda, Coreia do Sul, Espanha, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos. Além do FBI, a iniciativa contou com a atuação conjunta da Europol, do Centro Europeu de Cibercrime (EC3) e do CIBERLAB, laboratório de operações cibernéticas da SENASP, no Brasil.
Foco no combate ao crime cibernético e ao tráfico digital
A Operação RapTor deu sequência à repressão de mercados ilícitos digitais como Tor2Door, Nemesis, Bohemia e Kingdom Market. Através do cruzamento de informações e provas compartilhadas internacionalmente, autoridades conseguiram identificar e deter traficantes e compradores atuantes na Darkweb, minando a estrutura dessas redes anônimas.
Cooperação internacional como ferramenta estratégica
A ação representa um avanço expressivo no combate ao crime cibernético e à comercialização de drogas sintéticas, evidenciando o papel estratégico da cooperação internacional entre forças policiais e unidades de inteligência. A mensagem deixada pela Operação RapTor é clara: o anonimato da Darkweb não garante impunidade, e o combate ao tráfico de entorpecentes digitais será intensificado.