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A americana Megan Rapinoe foi eleita a melhor jogadora do mundo na temporada 2018/2019, superando sua compatriota Alex Morgan e a zagueira inglesa Lucy Bronze na disputa pelo Fifa The Best, entregue nesta segunda-feira no Teatro Scala, de Milão.
– Estou sem palavras. Primeiramente, gostaria de agradecer à minha família, minha namorada que não pôde estar aqui, muito obrigada por todo o apoio em todos estes anos. Todos meus treinadores e treinadoras em toda a minha vida. Todas minhas colegas de equipe. Muito obrigada a todas as jogadoras com quem joguei no passado. Foi um ano incrível para o futebol, a Federação Francesa e a Fifa fizeram uma grande Copa, fazer parte disso foi indescritível – disse Rapinoe.
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Veja a classificação final do prêmio
Posição | Jogadora | País | Pontos |
1 | Rapinoe | Estados Unidos | 46 |
2 | Morgan | Estados Unidos | 42 |
3 | Bronze | Inglaterra | 29 |
4 | Henry | França | 23 |
5 | Miedema | Holanda | 23 |
6 | Lavelle | Estados Unidos | 21 |
7 | Ertz | Estados Unidos | 18 |
8 | Hegerberg | Noruega | 15 |
9 | Renard | França | 9 |
10 | White | Inglaterra | 7 |
Fonte: Fifa
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Em seu discurso, Rapinoe também pediu engajamento da comunidade do futebol contra o racismo e a homofobia no futebol, e em prol da igualdade de oportunidades, lembrando o movimento “Equal Pay”, que cobra melhores salários, premiações e condições de trabalho para as jogadoras.
– Uma das histórias que me inspiraram muito esse ano foi de Raheem Sterling e Koulibaly. Eles fizeram grandes histórias no campo mas a maneira como encararam o racismo este ano e provavelmente em toda a sua vida… A torcedora iraniana que colocou fogo no próprio corpo apenas por ter ido a um jogo, as jogadoras LGBT que lutam contra a homofobia. Se todo mundo se posicionasse contra o racismo como todas essas pessoas se posicionaram, se todos se posicionassem contra a homofobia como as jogadoras LGBT fazem para jogar futebol. Se realmente queremos mudanças, precisamos de todo mundo se posicionando contra o racismo, contra a homofobia, pela igualdade de pagamentos. Temos grandes oportunidades, temos grande sucesso, uma grande plataforma. Temos a oportunidade de usar esse jogo lindo para realmente mudar esse mundo para melhor. Temos um poder incrível nesta sala – afirmou Megan Rapinoe ao receber o prêmio.
Aos 34 anos, a meia do Reign FC, dos Estados Unidos, brilhou na Copa do Mundo da França, em julho: campeã com a seleção americana, Rapinoe também deixou o torneio como uma das artilheiras, com seis gols, e eleita a melhor jogador do Mundial.
Esta foi a primeira vez que Megan Rapinoe esteve entre as finalistas do prêmio de melhor jogadora do mundo. Além das boas atuações pela seleção dos Estados Unidos, Rapinoe também se destacou por se posicionar fortemente na luta por mais oportunidades e pagamentos melhores para o futebol feminino, saindo do França como ícone do movimento “Equal Pay”.
Com a eleição de Rapinoe, os Estados Unidos igualam o Brasil como o país com mais prêmios de melhor jogadora do mundo. A diferença é que, enquanto Marta concentra todas as seis eleições brasileiras, os Estados Unidos têm, agora, quatro jogadoras premiadas: Mia Hamm (eleita nas duas primeiras edições, 2001 e 2002), Abby Wambach (2012), Carli Lloyd (2015, a última edição do prêmio ainda chamado Melhor Jogadora do Mundo, e 2016, a primeira do Fifa The Best) e agora Megan Rapinoe.
A Alemanha tem cinco premiações: três da ex-atacante Birgit Prinz (2003, 2004 e 2005), uma da ex-goleira Nadine Angerer (2013) e uma da ex-meia Nadine Kessler (2014). A japonesa Homare Sawa ganhou o troféu em 2011, e a holandesa Lieke Martens foi eleita em 2017.
Jill Ellis é eleita a melhor treinadora de futebol feminino
A americana Jill Ellis, que comandou a seleção dos Estados Unidos ao título da Copa do Mundo da França, ganhou o prêmio de melhor treinadora de futebol feminino do mundo.
– Gostaria muito de agradecer às minhas jogadoras espetaculares, elas são incríveis, são as melhores. Como treinadora, sabemos que sem as jogadoras não conseguimos conquistar esses prêmios. Gostaria de agradecer também à minha comissão técnica e à minha família, e aos meus mais antigos fãs, meu pai e minha mãe. Meu pai foi meu primeiro técnico.
Fonte: G1